Sinpro-PE: Professores de Paudalho finalizam greve vitoriosa
A categoria comemorou as conquistas alcançadas
Em assembleia realizada hoje (24), às 9h, na escola Tancredo Neves em Paudalho, professores da rede municipal decidiram retornas às salas de aulas após aprovação da proposta por parte da prefeitura. Os professores reivindicavam o pagamento do reajuste de 15,86% além de melhorias nas estruturas das escolas, melhores merendas, PCC e transporte. A prefeitura apresentou um documento em que se compromete a pagar ainda no mês de setembro o reajuste solicitado – inclusive dos contratados -, assim como o retroativo de janeiro a julho deste ano.
“A categoria sai fortalecida na luta pela educação de qualidade. Ainda há muito o que melhorar na educação de Paudalho, por isso iremos permanecer na luta fiscalizando, cobrando melhorias na educação, estrutura nas escolas, transportes, merenda escolar e na implementação do programa de formação continuada na cidade”, disse Jackson Bezerra, Coordenador Político do Sindicato dos Professores em Pernambuco (Sinpro PE).
Os professores condicionaram o encerramento da greve após o comprometimento da prefeitura com a melhoria de transporte, merenda escolar e cronograma para a reforma imediata das escolas. A categoria também exigiu que fosse feito um calendário para garantir a licença Premium no mês de outubro conforme a lei. Outro ponto é o pagamento da jornada suplementar que deverá receber o mesmo percentual de reajuste: 15,86%. Caso isso não ocorra irá ferir a isonomia salarial.
No debate que foi realizado durante a assembléia, a categoria definiu que irá cobrar da prefeitura a participação da categoria na construção do plano municipal de educação e o estabelecimento do estatuto do magistério da cidade. “Sempre que necessário iremos às ruas denunciar as mazelas de educação em defesa dos filhos dos trabalhadores da cidade do Paudalho. Movimento vitorioso que vai se expandir por toda a mata norte e agreste setentrional de Pernambuco”, finalizou Jackson Bezerra.
Fonte: Sinpro-PE
Feliz Dia do professor!
Não faltam professores no Brasil.
O Brasil tem as melhores faculdades de educação, elas têm conceito bom perante os olhos do órgão que as avaliam. Transbordam especialistas. Se abrissem inscrições para ingresso de professores, em todo o território nacional, ao mesmo tempo, apareceria um milhão de mestres para serem contratados: mas e o salário? Ufa! Milhares de professores desistiriam das promessas centenárias de valorização da profissão e da carreira e virariam as costas para a política pública, iam preferir a privada.
Alunos não desistem de estudar, eles são empurrados para o lado de fora, porque ainda há escolas que não aprenderam a fazer um projeto pedagógico que implante o respeito às diferentes formas de aprender; não respeitam inteligências e caducaram a metodologia de “avaliar”. Confundiu-se currículo com cubículo, onde fazem uma fila desvairada à procura de um prato de sopa de letrinhas.
Não faltam livros, estão lá, impressos e distribuídos para quem quiser. Pior é que se os brasileirinhos e brasileirões quiserem ler um conto de José de Alencar, de Machado de Assis ou conhecer as poesias de Cecília Meirelles, de Augusto dos Anjos ou qualquer outro, vão ter que pesquisar nos brechós. É inegável que há escolas fazendo um belíssimo trabalho! Elas fazem, às próprias custas, o milagre da ressurreição do arquivo fantástico que esse Brasil possui.
As crianças não desistiram de brincar de roda, de jogar peteca, de pular amarelinha e nem rejeitam a história dos três porquinhos (tremenda aula de administração) do patinho feio (aula de socialização) ou da branca de neve (aula de tudo): elas precisam das histórias. A ficção educa tanto quanto a realidade. A criança passa a vida toda procurando o valor de x. Na verdade, o que ela quer mesmo é encontrar o valor dela, o valor da vida.
O Brasil não é um país pobre, é a 8ª economia do mundo. Dados indicam que o Brasil investe 4,3% do PIB em educação. E como ensinou D. João VI, o Brasil aplica 6,7 vezes mais no ensino superior do que em nível básico.
Segundo o Sing – Sistema Nacional de Informações Sobre o Gasto Social: Educação Infantil – 0,4%, Ensino Fundamental – 2,5%, Ensino Médio – 0,5% e Ensino Superior – 0,9%.
Avaliações internacionais de que o Brasil participa, como o PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), organizado pela OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), colocam o Brasil entre os últimos classificados em Leitura e Interpretação de Textos, Matemática e Ciências. Numa amostra de 57 países… O Brasil ficou em 53º lugar. Numa escala de zero a 6, a média obtida pelo País em 2009 equivale ao nível 2 em leitura, 1 em ciências e 1 em matemática.
Feliz Dia do professor! Não desista!
Ivone Boechat
http://www.ivoneboechat.blogspot.com