Sinpro Pernambuco: Fim do Estado de Greve

Nesta quarta-feira, 06 de junho, os professores e professoras do setor privado de ensino decidiram aceitar a pauta resultante da mesa paritária encerrando o estado de greve em todo estado. A assembleia que tratou sobre o assunto ocorreu simultaneamente, em frente, à Estação Ponte U’choa, na Av. Rui Barbosa, área central do Recife e na subsede do Sinpro Pernambuco, em Caruaru.

Em assembleia, a categoria aprovou a proposta de redução da diferença salariais entre os pisos dos níveis de ensino e a manutenção de 68 cláusulas da convenção coletiva de trabalho, entre elas, a cláusula que assegura o direito do professor a realizar homologações de rescisões de contrato de trabalho no Sindicato; a cláusula que proíbe a instalação de aparelhos de vigilância em sala de aula e a cláusula que trata do recesso escolar não foi alterada, assim como o início do ano letivo, garantido no mês de fevereiro.

A busca pela equiparação dos pisos salariais dos professores da educação básica (educação infantil ao nível médio) é uma luta constante para a diretoria do Sinpro Pernambuco. A proposta aprovada prevê reajuste de 3,26% para os professores do nível 1 (educação infantil e fundamental I), e 2,2% para nível 2 (fundamental II e ensino médio), onde a hora-aula é elevada de R$9,20 para R$9,50 e R$10,53 para R$10,76 respectivamente. Quem ganha cima de ambos os pisos receberá o reajuste 2,2 %. Todos os índices acima do INPC (inflação) do período, o que confirmou um ganho real.

“Garantimos a redução percentual entre os dois pisos, diminuindo o abismo entre os níveis; o que pra nós é uma conquista grande para alcançarmos a unificação do piso salarial da categoria” afirmou o presidente do Sinpro Pernambuco, Helmilton Bezerra.

É importante ressaltar que essa proposta não é dos patrões. Ela é fruto da força e mobilização da direção do Sinpro e da categoria que deram uma aula de maturidade e estratégica política. Também é valido lembrar que no início da campanha, a proposta dos donos de escolas era reajustar os salários dos professores pelo índice da inflação acumulada nos últimos 12 meses (INPC), sendo apenas a reposição das perdas, ou seja, 0% de ganho real para a categoria.

Numa campanha salarial afetada pela reforma trabalhista, o Sinpro Pernambuco encara o movimento como bem-sucedido. Os professores tiveram uma grande vitória que foi a manutenção dos direitos da Convenção Coletiva de Trabalho, uma vez que os patrões insistiam na redução de direitos da CCT, com a justificativa de se adequar à nova Lei Trabalhista. Na verdade, a proposta patronal aumentava a carga de trabalho ao professorado, ao mesmo tempo que reduzia salário e facilitava a demissão dos professores.

“É indiscutível que fizemos uma campanha vitoriosa, frente ao cenário de dificuldades impostas pelos patrões. A categoria teve seus direitos trabalhistas ameaçados pela malfadada reforma trabalhista que só precariza as condições de trabalho em benefício do lucro. Conseguimos barrar o retrocesso!”, concluiu o presidente.

A comissão de negociação ficará agora responsável pela elaboração da redação dos termos do acordo e poderá convocar a categoria caso a classe patronal indique um tratamento diferenciado entre o que foi acordado e o que será escrito na Convenção Coletiva de Trabalho.

Mais lutas virão pela frente e o Sinpro Pernambuco conta com a participação de todos e todas para temos mais conquistas.

É tempo de lutarmos juntos!

​Por Mariza Lima, da Assessoria de Comunicação do Sinpro Pernambuco

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