Sinpro Pernambuco: Justiça remota e ensino presencial — Professores(as) temem perder suas vidas
Desde o início da pandemia, o Sinpro Pernambuco focou energias na intenção de proteger a vida e a integridade da categoria. Além disso, o sindicato lutou e agiu com a intenção de garantir os direitos, manter os postos de trabalho, renovar a Convenção Coletiva de Trabalho e superar as dificuldades trazidas com o ensino remoto.
Em 2020, o sindicato alertou sobre os perigos relacionados ao retorno ao ensino presencial. As autoridades públicas, órgãos gestores, conselhos e poder legislativo foram notificados sobre os riscos. O Sinpro Pernambuco também acionou a Justiça do Trabalho, em defesa da vida dos(as) professores(as).
Todas as movimentações serviram para manter a suspensão das aulas presenciais. Porém, a pressão empresarial foi mais forte e acarretou no retorno das atividades nas escolas.
Chega 2021, um novo ano letivo se iniciou dentro de uma realidade preocupante. Embora com a existência da vacina, a segunda onda da Covid-19 implicou um aumento exponencial nas contaminações e mortes, se comparado ao ano anterior.
E, diante disso, o Sinpro Pernambuco fez as denúncias acerca do não cumprimento dos protocolos. O sindicato oficializou a Secretaria de Educação sobre a necessidade de fiscalização mais rígida nas escolas.
Não tardou e a categoria se viu eminentemente em risco. E as escolas tornaram-se locais de contaminação, aglomeração e desrespeito sistemático aos protocolos. O sindicato chegou a denunciar casos de ocultação de contágios por parte das instituições.
O Sinpro Pernambuco alertou que a única medida eficaz para o retorno das aulas presenciais seria a vacinação, e, até lá, o que se poderia fazer era regulamentar o ensino remoto, visando a continuidade das atividades escolares.
O sindicato novamente acionou a Justiça, mas, pela segunda vez, o Judiciário, que atualmente funciona de forma remota, contraditoriamente, avaliou que os(as) professores(as) deveriam trabalhar presencialmente.
O Sinpro Pernambuco continua firme na opinião que escolas fechadas salvam vidas, sendo contrário ao retorno das aulas presenciais. A vida vale mais que mensalidades escolares.