Sinpro-Rio: Professores/as decidem pela manutenção da greve pela vida, que ultrapassa 100 dias
Na oitava assembleia unificada, dentro de 105 dias, professoras e professores aprovaram que a Greve em Defesa da Vida deve continuar. Não ao retorno das atividades presenciais (nenhuma atividade presencial nas escolas) agora. Manutenção do trabalho com o ensino remoto nos estabelecimentos do setor privado de ensino do Município do Rio de Janeiro, Itaguaí, Paracambi e Seropédica. Retorno somente com garantia das autoridades da Saúde, com base em rígidos protocolos de segurança. Foi aprovada também a realização de uma nova assembleia no dia 24 de outubro, às 14 horas.
De início, diretoras e diretores apresentaram informes sobre o Plantão da Diretoria, que recebeu, nesta semana, um maior número de denúncias sobre assédio moral e casos de Covid-19 nas escolas. Foi lembrado ainda que o carro de som percorreu as proximidades de várias escolas, totalizando 72 horas de trabalho em dois dias de circulação.
Os presentes na assembleia foram informados sobre as atividades da Comunicação, do Reame – Rede de Apoio à Saúde Mental de Educadores/as –, da Escola do Professor, com apoio da UFRJ, e sobre o Fundo Emergencial Solidário, que iniciou, nesta semana, o pagamento para professoras e professores demitidos.
O Jurídico do Sindicato abordou ainda o adiamento para 12 de novembro da audiência do TRT – Tribunal Regional do Trabalho – que deveria acontecer no dia 15 de outubro. Foi informado que continua valendo a proteção das professoras e professores em grupo de risco, com comorbidades ou que convivem com pessoas nestas condições.
O presidente do Sinpro-Rio, Oswaldo Teles, ressaltou que houve uma “explosão” de denúncias de casos de coronavírus nas escolas. “O Sindicato tem um cuidado muito grande em apurar as denúncias. Na segunda-feira, recebemos denúncia de que 12 escolas tinham casos de Covid-19. Na sexta-feira, o número pulou para 32 escolas. Na próxima segunda-feira, dia 19 de outubro, vamos divulgar o nome destas instituições”.
O dirigente lembrou que “nas duas semanas em que houve retorno às aulas presenciais, muitas escolas não abriram, uma parte dos professores e professoras retornaram, mas um grande grupo resistiu na greve pela vida, pois as condições sanitárias para retorno não existem. Nossa primeira assembleia aprovou o retorno só com garantias sanitárias e isso continua. Mais uma vez, ressaltamos que a unidade nossa é fundamental. Continuamos trabalhando no trabalho remoto, mas que continuemos na greve pela vida. Vamos insistir o máximo possível, para as escolas não abrirem.”
》DÚVIDAS? Procure o Plantão da Diretoria, de segunda a sexta, em horário comercial: