Sinpro/RS: Área do IPA vai a leilão, mas faculdade seguirá operando

Os prédios são tombados e ocupam cerca de 15 mil metros dos 46,6 mil metros quadrados que serão leiloados; quem arrematar poderá utilizar 31 mil metros quadrados

Nesta segunda-feira, 13, foi publicado edital para leilão de terreno e prédios do Centro Universitário Metodista (IPA), em Porto Alegre. A instituição faz parte da Rede Metodista, que se encontra em Recuperação Judicial (RJ) desde 2021. O leiloeiro oficial é Norton Jochims Fernandes, autorizado pela 2ª Vara Regional Empresarial de Porto Alegre, conforme definições da RJ. Houve Assembleia de Credores em novembro e homologação efetivada em dezembro do ano passado.

O leilão ocorrerá no dia 7 de março, em modalidade híbrida conforme publicado no site www.grandesleiloes.com.br. O lance inicial é de R$ 109.007.556,00.

A área leiloada tem 46,6 mil metros quadrados, mas quem arrematar só poderá usar 31 mil metros quadrados. Onde hoje ainda funciona a instituição, que, apesar de também estar sendo posta a leilão, ficará para a Associação da Igreja Metodista manter as atividades educacionais.

Conforme a assessoria de comunicação do IPA, o leilão está previsto dentro do Plano de Recuperação e será de apenas prédios ociosos, sem atividade. “IPA vai cumprir com as suas obrigações financeiras, se reestabilizar, se reestruturar e voltar a crescer de forma saudável”, respondeu a assessoria, em nota, ao Extra Classe.

O leilão será realizado na modalidade stalking horse, modalidade em que o comprador pode demonstrar interesse antes do arremate acontecer. Até agora, somente o grupo  Cyrela  apresentou uma proposta de compra, e pelas regras do certame, fica com a preferência de compra.

Na proposta que consta no edital, a construtora oferece uma permuta de 28% sobre o Valor Geral de Venda (FGV) referente  aos futuros empreendimentos imobiliários que pretende construir no local.

O cálculo apresentado no edital estima que esses 28% oferecidos pela Cyrela darão um valor médio de referência de R$ 190,2 milhões, mas que pode chegar a R$ 272,04 milhões. Essa diferença se dá pela quantidade de torres, entre três e cinco, que podem ser aprovadas no futuro, caso a empresa vença o leilão.

Em caso de adversidades, o valor mínimo garantido a ser pago é de R$ 133,17 milhões, em um período de 10 anos após a aprovação do Estudo de Viabilidade Econômica. A empresa também se compromete a dar uma “entrada” de R$ 59 milhões.

Mesmo mantendo a posse dos prédios tombados para Associação da Igreja Metodista, a propriedade também será vendida no leilão. Por ter partes tombadas, e por contemplar um terreno maior, dará índices construtivos favoráveis à construtora na hora do licenciamento. Após, passará por um processo de desmembramento, onde a compradora precisará “retransmitir” à AIM o registro daquela área em específico, que tem cerca de 15 mil metros quadrados.

As empresas terão 15 dias após a publicação do edital para participar, caso queiram fazer o modelo de permuta. Já interessados sem permuta só precisam provar capacidade financeira.

Do jornal Extra Classe, do Sinpro/RS

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