Sinpro/RS: Doações de professores chegam às vítimas das inundações
O projeto Professores Solidários reforçou a rede de solidariedade às vítimas das inundações em Porto Alegre e nas regiões atingidas no interior do estado
Em menos de uma semana de chamamento à categoria, o projeto Professores Solidários, do Sindicato dos Professores (Sinpro/RS), arrecadou R$ 48 mil para a aquisição de alimentos, água mineral, materiais de limpeza e de higiene pessoal para as pessoas que perderam suas casas com as enchentes.
“Ficamos bastante sensibilizados com a participação dos professores neste momento tão dramático para tantas pessoas”, expressa Cecilia Farias, diretora do Sinpro/RS.
“Para tornar a mobilização mais eficientes, estamos trabalhando de forma organizada e em conjunto com a rede de apoio para atender as necessidades de cada local, tanto na região metropolitana de Porto Alegre, quanto nas regiões atingidas no interior do estado”, explica Cecília Farias. “Nesta semana, nos demandaram a doação de carnes, embalagens descartáveis para a distribuição de refeições, água e fraldas”.
Na semana passada, segundo ela, foram entregues alimentos não perecíveis, roupas e materiais de higiene.
Locais de acolhimento e alimentação
Os alimentos estão sendo entregues nas cozinhas solidárias espalhadas pela região metropolitana de Porto Alegre, bem como nos pontos de acolhimento às famílias que tiveram suas casas invadidas pela água.
A sede do Sindicato dos Metalúrgicos de Porto Alegre (Stimepa) é um dos pontos referências no acolhimento às famílias desabrigadas e de atuação do projeto Professores Solidários. O Stimepa acolheu em sua sede, na Avenida do Forte, 77, na zona norte da capital gaúcha, 209 pessoas desabrigadas, vindas da Vila Farrapos, às margens do lago Guaíba, e mantém um centro de distribuição de alimentos, roupas, água e demais donativos na Escola Técnica Mesquita, que integra o complexo do Sindicato.
O espaço é organizado por integrantes do Stimepa, do movimento sindical e por voluntários, e conta com atendimento médico (clínico e pediátrico), além de psicólogos e medicações. Também há espaço especial para as crianças, que tem o auxílio de professores. O Sindicato dos Metalúrgicos organizou espaço ainda para os animais de estimação das famílias desabrigadas. A cozinha comunitária A fome tem pressa assumiu a produção de refeições no local.
A cozinha comunitária Casa do Pedrão, organizada pelo casal Pedro Rubem Nascimento e Maria da Graça Benites da Silva, também integra a rede de apoio atendida pelo projeto Professores Solidários.
Situada na Rua Coronel Jaime Rolemberg de Lima, 370, na Vila Mapa, região leste de Porto Alegre, a Casa do Pedrão é referência de alimentação para pessoas da comunidade em situação de vulnerabilidade, graças às 200 quentinhas distribuídas por semana.
Com a tragédia ambiental que assolou Porto Alegre, o espaço se integrou à rede de solidariedade às vítimas, produzindo refeições a partir de demandas de outros pontos de apoio que receberam pessoas desabrigadas pela enchente.
Outra instituição ajudada pelo projeto é a Associação de Moradores Força Maior, no bairro Cristal, zona sul de Porto Alegre. Sob o comando de Adriana Corrêa de Farias, a Associação oferece cursos e aulas no contraturno para crianças, além de aulas de capoeira e serviços às pessoas da comunidade.
Como contribuir com o projeto Professores Solidários
Em Porto Alegre, o projeto Professores Solidários está recebendo donativos no Hotel Casa do Professor, localizado na Rua Lopo Gonçalves, 29 – bairro Cidade Baixa.
O hotel funciona 24 horas por dia. Podem ser doados alimentos não perecíveis, água mineral, roupas, roupas de cama, cobertas, materiais de higiene pessoal (shampoo, sabonete, papel higiênico, pasta e escova de dentes) e de limpeza (água sanitária, sabão, sabão em pó).
As doações em dinheiro devem ser efetuadas ao projeto Professores Solidários pela CHAVE PIX – 51 99733-7506.
O projeto Professores Solidários foi instituído pelo Sinpro/RS em 2020 para auxiliar professores e comunidades vulneráveis na pandemia. O projeto foi mantido depois para atender comunidades em dificuldades, especialmente as indígenas e quilombolas.
De janeiro a abril deste ano, o projeto entregou 2,8 toneladas de alimentos, 340 kits de materiais escolares, além de roupas, calçados, materiais de limpeza e um data show.