Sinpro/RS: Gestores privados querem tirar exclusividade da Caixa no Fies

Uma ideia fixa da iniciativa privada é forçar a quebra do monopólio da Caixa na operação dos recursos do FGTS, agora transportada para o Fundo de Financiamento Estudantil

De olho na retomada com força do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), lobistas e gestores da iniciativa privada estão tentando convencer o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a quebrar o monopólio da Caixa Econômica Federal (CEF) na gestão dos recursos do programa voltado ao ensino superior.

A informação foi antecipada pela coluna Painel do jornal Folha de São Paulo, com apurações dos jornalistas Diego Felix e Julio Wiziack.

Duas pretendentes à gestão do Fies já têm sinalizado seu interesse que vem a reboque de grandes grupos de educação que veem nessa possibilidade uma forma de impulsionar ainda mais o Fies e aumentar a sua carteira de alunos.

São a Península, gestora de ativos da família do megainvestidor Abilio Diniz, e o grupo Pravaler, de Oliver Mizne, segundo profissionais que integram o grupo de trabalho comandado pelo Ministério da Educação (MEC) que analisa possíveis novas regras para o Fies.

Por outro lado, setores do governo na pasta afirmam não existir chances da ideia prosperar. O argumento em especial é a abrangência nacional do programa e o volume de recursos a serem administrados.

Sonho antigo dos gestores financeiros privados
A ideia dos grupos educacionais e dos gestores de fundos é semelhante a histórica intenção dos bancos privados que sempre defenderam a quebra do monopólio da CEF na gestão do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

Abílio Diniz já chegou a ser acionista do grupo empresarial Ânima Educação uma das maiores organizações educacionais privadas de ensino superior do país que é dona de universidades como Anhembi-Morumbi e São Judas Tadeu.

Oliver Mizne é co-fundador da Geo Capital e criou a Pravaler, umaplataforma criada em 2006 com o objetivo de ser uma alternativa ao Fies.

Procuradas pela nossa reportagem, a Península negou o interesse e a Pravaler não respondeu.

Do jornal Extra Classe, do Sinpro/RS

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