Sinpro/Caxias divulga manifestação por segurança na UCS
O coletivo “Quero Viver Sem Medo” está organizando uma manifestação pedindo mais segurança no Campus da Universidade de Caxias do Sul (UCS) e solicitou que o Sinpro/Caxias contribuísse na divulgação.
O ato ocorre no dia 1º de agosto, quarta-feira, às 19h, no Centro de Convivência da UCS e segue em caminhada até o estacionamento do Bloco L, local onde ocorreu um assalto seguido de violência sexual no mês de junho.
Leia o conteúdo da convocação:
“Reflita por um instante:
Você já sentiu medo?
Você já se sentiu inseguro(a) na UCS?
Você já sofreu furto, roubo ou outra violência na UCS ou conhece alguém que tenha sofrido?
O que você acha que deve ser feito para aumentar a segurança na UCS?
Convite a todos (as)!
(Principalmente mulheres, mas sem esquecer que todos (as) nós somos vítimas de violência e vivemos com medo).
Em razão da ocorrência de roubo e violência sexual em face de estudante, ocorridos no estacionamento do Bloco L da UCS em julho de 2018, decidimos criar um movimento denominado “Quero viver sem medo”.
A motivação é a criação de uma consciência do risco enfrentado por todos e todas, principalmente as mulheres, que diariamente se sentem inseguras para fazer as tarefas mais simples do dia-a-dia como trabalhar; estudar; utilizar transporte público; caminhar pela rua desacompanhada, entre outras.
Dados levantados pelo Fórum de Segurança Pública apontam que uma média de 135 mulheres são estupradas todos os dias no Brasil, totalizando o número assustador de 49.497 casos no ano de 2016. Outros dados destacam que um estupro é notificado no Brasil a cada 11 minutos! Ainda, uma pesquisa do Datafolha revelou que 67% da população tem medo de ser vítima de agressão sexual, sendo 90% destas mulheres. [1]
É evidente que as mulheres são alvos considerados mais “fáceis” e são as maiores vítimas de crimes sexuais, porém a causa não se limita somente a elas. A demanda é por mais segurança em toda a área da universidade, para que todos e todas se sintam seguros para estudar e frequentar o campus.
Antes desse crime horrendo, ocorreram diversos furtos, roubos e até mesmo sequestros na área da universidade, o que demonstra que trabalhadores (as); funcionários (as); professores (as); visitantes e estudantes correm risco diariamente.
Para tanto, convocamos todas e todos a participarem do ato simbólico em prol da vítima e de outras possíveis vítimas, propondo a consciência de que jamais a culpa deve ser imputada à vítima e que todos nós estamos vulneráveis.
Ainda, chamamos atenção para a importância de denunciar e de buscar ajuda, pois a vítima não pode se sentir culpada pela violência sofrida. Também, pugnamos pela importância de denunciar e de ajudar as vítimas, que precisarão de muito apoio para enfrentar tal situação.
Além disso, invocamos o sentimento de sororidade – fraternidade entre mulheres – para olharmos umas para as outras com mais amor e compaixão. A ideia é que mulheres possam se ajudar em pequenas atitudes do dia-a-dia como se fazer companhia em locais tidos como perigosos, oferecer carona umas às outras, andar juntas ou mesmo cuidar e amparar as demais.
Aos homens, que percebam que a mulher (e qualquer ser humano) possui o direito de ir e vir; o direito de vestir-se como quiser, de andar por onde quiser, se frequentar os locais que quiser, enfim, de ser o que quiser. Somos todos dignos, somos todos iguais, todos merecemos respeito.
Para tanto, realizaremos um ato simbólico no dia 01/08/2018 às 19h no Centro de Convivência da UCS, com caminhada até o estacionamento do Bloco L.
Demonstre solidariedade e junte-se à causa:
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· Compareça ao evento, sua presença é muito importante!
Você também pode comentar em nossa página:
· Quais os locais nos quais você já se sentiu inseguro(a) na UCS?
· Você já sofreu furto ou roubo na UCS?
· O que você acha que deve ser feito para aumentar a segurança na UCS?
https://www.bbc.com/
[2] ao lado do SAJU, antiga escola infantil. Próximo ao ambulatório e PLE.”