Sinproeste: Sindicato patronal se recusa a valorizar os professores
A reposição do Piso Salarial de Santa Catarina foi de 7,43%, mas o Sinepe propõe somente 5,6%
Na terça-feira (14) ocorreu a segunda rodada de negociação com o Sinepe (sindicato patronal), que se mostrou inflexível em relação à valorização com reposição salarial aos professores. A presidente e a vice-presidente do Sinproeste, professoras Juleide Almeida Corrêa e Solange Rosa, participaram da reunião.
A inflação do período fechou em 5,47%. A proposta dos sindicatos dos professores é de uma reposição igual à do Piso Salarial de Santa Catarina, que foi de 7,43%. Porém, o sindicato patronal se mostra inflexível e aceita reposição de 5,6% somente.
Além do percentual ser baixo para o estado de Santa Catarina, algumas instituições sinalizaram que não podem pagar os 5,6%. A proposta do Sinepe é assinar a Convenção com uma cláusula que permite às instituições apresentar um requerimento unilateral ao sindicato patronal justificando a não integralidade do pagamento aos professores. Processo em que os sindicatos dos professores ficariam excluídos.
“É uma proposta inaceitável, porque nós não estamos em tempos de pandemia como nos anos anteriores e porque o professor já vem com anos de defasagem salarial. Não aceitaremos a inclusão desse requerimento para o não pagamento”, declarou Juleide.
“O patronal não está preocupado com a qualidade da educação e com a valorização do professor. A proposta do patronal é absurda”, reforça Juleide. Ela complementa sugerindo aos professores que se posicionem em relação à importância da valorização da categoria, pois essa valorização não deve ocorrer somente com palavras.
A próxima rodada de negociação está agendada para próxima quarta-feira, dia 23 de março.