Sinproeste: Sinepe dificulta negociações salariais

Na terça (10/03) ocorreu a segunda rodada de negociação entre os sindicatos de professores do Estado e o Sinepe (sindicato patronal), em Florianópolis. A diretora e delegada regional de Xanxerê do Sinproeste, professora Juleide Almeida Corrêa, participou da reunião.

De acordo com Juleide, os representantes das instituições de ensino apresentam dificuldades financeiras para justificar um baixo reajuste salarial dos professores, especialmente no ensino superior, onde alegam haver diminuição das matrículas. O presidente da Feteesc (federação que representa os sindicatos dos professores), professor Antônio Bittencourt Filho, reiterou a proposta unificada que solicita reposição da inflação do período mais ganho real aos professores.

No Oeste o número de demissões de professores em algumas universidades chegou a 30%, de acordo com dados apresentados pelo próprio sindicato patronal. Bittencourt ressalta que o quadro de profissionais já foi reduzido, não tendo, portanto, motivos para negar o reajuste salarial salários.

Ainda, a federação destacou que por diversas vezes convidou as universidades para discutir questões relativas ao ensino superior e as possíveis mudanças que poderiam ocorrer no campo da educação. O objetivo sempre foi se precaver de possíveis problemas e refletir junto sobre gestão, qualidade do ensino e profissionais. No entanto, as universidades nunca deram a devida importância aos convites para o diálogo.

Segundo Bittencourt, não é só uma questão de crise, mas também é um problema de gestão. As reduções de quadros e salários ocorrem apenas com professores e técnicos, não ocorre readequação salarial de gestores.

Juleide comenta que várias universidades estiveram presentes nesta segunda rodada de negociação, inclusive as do Oeste, mas que não se chegou a um acordo sobre nenhum dos pontos da pauta.

Nova reunião ficou agendada para a próxima terça-feira, dia 17, em Florianópolis.

Do Sinproeste

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