SinproSP: Assembleia aprova contas de 2022 do sindicato
Realizada na terça-feira, dia 27 de junho, de forma remota e com participação representativa da categoria, a assembleia de professoras e professores, sindicalizadas e sindicalizados, aprovou, por ampla maioria (91% dos votos), as contas do SinproSP, relativas ao ano de 2022. A decisão acompanhou o parecer – “aprovação na íntegra das contas” – encaminhado pelo Conselho Fiscal do Sindicato, responsável pelo acompanhamento detalhado e análise rigorosa de todos os gastos (veja abaixo a tabela exibida na assembleia).
Em sua apresentação, Celso Napolitano, presidente do SinproSP (e tesoureiro na gestão passada), destacou que foi possível enfrentar o cenário de aumento de gastos, em relação à previsão orçamentária feita, graças justamente às reservas financeiras acumuladas ao longo do tempo pela diretoria do Sindicato, sempre transparente e zelosa com a administração dos recursos da categoria. “Essa reserva que alcançamos nos permitiu, mesmo depois da reforma trabalhista, que sufocou financeiramente o movimento sindical, e também da pandemia, enfrentar esses tempos difíceis, mantendo empregos das trabalhadoras e trabalhadores do SinproSP e também os afastamentos de diretoras e diretores, para o trabalho de base, ampliando ainda os serviços oferecidos. Vale lembrar que desde o final dos anos 1990 o SinproSP se mantém sem contribuições compulsórias e apenas com a arrecadação de mensalidades de sindicalizadas e sindicalizados”.
Nas interlocuções com a assembleia, garantindo o espaço democrático e a partir das diferentes e várias falas encaminhadas, o presidente do SinproSP detalhou que esse aumento de gastos no ano passado aconteceu em cinco rubricas específicas: assessorias (por conta do dissídio do Ensino Superior e da necessidade de contratação de escritórios especializados de advocacia, inclusive em Brasília, para atuar nos tribunais superiores); correios (para entrega dos cadernos de planejamento); tecnologia da informação (para reforçar a proteção aos dados, já que o servidor sofreu ataques e ameaça de invasão); comunicação (para dar conta das campanhas salariais e diferentes mobilizações e diálogos com a categoria e a sociedade); e tributos (o Sindicato perdeu recentemente um processo antigo, ainda dos anos 1990, para o INSS). Os gastos com recursos humanos e com as eleições sindicais corresponderam à previsão feita (e sempre também aprovada em assembleia).
Ainda que as reservas tenham permitido atravessar essa conjuntura desfavorável, a diretoria do SinproSP manifesta sua preocupação com os próximos anos e avalia que o déficit registrado em 2022 chama a atenção para a necessidade imediata de refletir sobre a questão e de aprofundar essa discussão a respeito de estratégias e mecanismos para reorganizar e garantir a sustentação financeira do SinproSP. “É fundamental avaliar, em breve, com a participação da categoria, como equacionar receitas e despesas, com a eventual necessidade de redução de custos, sem perda no padrão de qualidade dos serviços, e também a exigência de aumentar a arrecadação. É uma conversa que já estamos fazendo”, conclui Celso.