Soberania e justiça social: nosso grito de independência neste 7 de Setembro

Neste 7 de Setembro, o Brasil celebra 203 anos de Independência. A data, símbolo de nossa história, é também um momento para refletirmos sobre os desafios atuais do país e reafirmarmos nosso compromisso com a soberania, a democracia e a justiça social.
A verdadeira independência segue em construção. Ela exige soberania nacional diante de qualquer tentativa de ingerência externa, a exemplo das pressões imperialistas lideradas pelos Estados Unidos, com Donald Trump à frente, que afrontam nossa economia e tentam interferir em nossas instituições. O Brasil não é “quintal” de nenhuma nação.
Independência também significa democracia plena — uma democracia que não se submeta a elites que atuam nas sombras, nem aceite golpes que violem a Constituição e anulem a vontade popular. É essencial que os responsáveis por tais ataques à democracia sejam responsabilizados, e não beneficiados com anistia. Os atos de 8 de janeiro de 2023, que buscaram enfraquecer os Três Poderes, reforçam a necessidade de defesa firme das instituições.
Da mesma forma, a independência exige justiça social. Construir um país soberano e democrático passa por enfrentar desigualdades históricas, valorizar a classe trabalhadora e garantir condições dignas de vida, trabalho e participação política igualitária para mulheres e homens.
Medidas como a taxação das grandes fortunas, o fim da escala 6×1 e a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil são passos essenciais para consolidar um Brasil mais justo.
É fundamental também assegurar educação de qualidade para todos, livre de modelos autoritários, e fortalecer os direitos sociais como pilares da cidadania.
O lema deste ano, “7 de Setembro do Povo – quem manda no Brasil é o povo brasileiro”, sintetiza o espírito da mobilização: reafirmar que a independência não pode ser sequestrada pela extrema direita nem subordinada a interesses estrangeiros.
A União Nacional dos Estudantes (UNE) lançou a campanha “Brasil com S de Soberania”, denunciando tentativas de privatização de setores estratégicos, precarização da educação e apropriação de símbolos nacionais para fins antidemocráticos.
A Contee reitera seu compromisso com a defesa da soberania, da democracia e da justiça social. Convoca suas entidades filiadas a se manterem atentas e mobilizadas, pois não podemos permitir que forças opressoras, internas ou externas, ditem os rumos do nosso país.
O Brasil pertence ao povo brasileiro. O verdadeiro grito da independência ecoa da luta coletiva, que permanece vigilante e não se cala, nem se curva diante do inaceitável.
Brasília, 7 de setembro de 2025
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino





