Terrorismo de Estado de Israel multiplica destruição e morte na Palestina
Em nota oficial, CUT repudia agressão israelense e defende direito do povo palestino à autodeterminação
Dando continuidade à sua política de terrorismo de Estado, o governo de Israel lançou sobre a população de Gaza mais de 400 toneladas de bombas em 36 horas. A partir de então, a multiplicação dos ataques fez com que o número de palestinos mortos já ultrapasse os 70, com mais de 500 feridos e mutilados, grande parte idosos, mulheres e crianças, atestam organizações médicas internacionais.
É inadmissível que o governo de Israel continue se utilizando da inaceitável e lamentável execução de três colonos israelenses, ocorrida recentemente, como justificativa para continuar com sua política de “punição coletiva”. É completamente absurdo que um Estado queira comportar-se como “xerife”, assassinando impunemente, enquanto mantém a odiosa ocupação militar com milhares de presos políticos e centenas de milhares sob cerco, com o muro do apartheid.
No momento em que Israel afronta uma vez mais a legislação internacional e insiste em manter a ocupação de terras que não lhe pertencem, estendendo suas colônias, humilhando um povo inteiro em seus postos de controle, desviando a água dos rios, cortando a energia elétrica, e atentando contra direitos humanos básicos, cresce a nossa responsabilidade em apoio à resistência palestina.
Assim como o regime de segregação racial caiu na África do Sul com a pressão dos povos e governos somada ao boicote econômico, precisamos ampliar a mobilização pelo rompimento de qualquer acordo com empresas israelenses, como a Elbit – que desenvolve a tecnologia dos drones – ou a Mekorot – responsável por violações e discriminações no direito à água na Palestina desde a década de 1950. Acordos deste tipo servem apenas para aumentar o poder de um regime que se sustenta na agressão.
Neste momento de luto e de dor, redobramos nosso compromisso com a luta pela afirmação de uma paz duradoura a partir da construção de dois estados –um israelense e um palestino – assegurada pelas fronteiras internacionais de 1967, garantindo também o retorno dos refugiados, conforme resolução da ONU.
Pela paz!
Pelo direito da autodeterminação da Palestina!
Pelo fim da agressão israelense!
Vagner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores
Secretaria de Relações Internacionais da CUT-Brasil
Da CUT