Trabalhadores em educação participam do 1° de maio histórico, rumo à greve nacional
Jornadas exaustivas, muitas vezes superiores a 12 horas de trabalho; danos à saúde física e mental dos trabalhadores; férias, descanso semanal e direito à aposentadoria inexistentes. Essa era a situação dos operários na fábricas de Chicago em maio 1886, quando começou a greve por melhores condições laborais que, cinco anos depois, deu origem ao 1° de maio como Dia do Trabalhador, conforme aprovado em Bruxelas, durante a Segunda Internacional. A descrição, porém, poderia perfeitamente se encaixar na vida atual dos trabalhadores brasileiros, já usurpados pela reforma trabalhista e que, agora, são ainda mais atacados pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019, o nome oficial do projeto do governo Bolsonaro para destruir a Previdência Social.
Os diretores e diretoras da Contee e de suas entidades filiadas, juntamente com toda a categoria de professores e técnicos administrativos do setor privado de ensino e todo o conjunto da classe trabalhadora, estarão nas ruas nesta quarta-feira, 1° de maio, contra esses ataques e em resposta ao governo Bolsonaro. É a primeira vez na história do país que as centrais sindicais brasileiras se unem em um ato unificado do Dia do Trabalhador, especialmente para lutar contra a reforma da Previdência de Bolsonaro. Para os trabalhadores em educação, tanto da rede pública quanto do setor privado, também será uma preparação para a greve nacional da educação, convocada pela Contee e pela CNTE para o dia 15 de maio.
“Os direitos sociais estão sendo destruídos e não podemos aceitar isso. O descaso do governo com a educação é gritante, como demonstra a crise no MEC”, denunciou o coordenador-geral da Contee, Gilson. “Vamos nos unir, nos mobilizar, ocupar as ruas. Temos que lutar pelos nossos direitos. Não podemos deixar que rasguem a Constituição Federal. Vamos conversar com os estudantes e pais, esclarecer a situação péssima pela qual passa o país. Precisamos de um plano econômico, de emprego, de valorização do salário mínimo. Repudiamos essa reforma da Previdência”, completou.
Por Táscia Souza