Trabalhadores ocuparam as ruas contra a reforma da Previdência

Os trabalhadores e trabalhadoras ocuparam as ruas em diversas cidades do Brasil nesta sexta-feira (22), no Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência Pública. Foram manifestações, atos, passeatas, assembleias, panfletagens… enfim, uma intensa mobilização, de Norte a Sul, em protesto e resistência contra a proposta de reforma da Previdência apresentada pelo governo Bolsonaro ao Congresso Nacional.

O dia de luta foi foi um aquecimento para a greve geral que as centrais sindicais, com apoio do conjunto do movimento social, organizarão para derrotar a proposta que acaba com a aposentadoria por tempo de contribuição e impõe a obrigatoriedade de idade mínima de 65 anos para os homens e 62 para as mulheres terem direito ao benefício.

Convocados pela Contee e pelos sindicatos e federações da base da Confederação, professores e técnicos administrativos que atuam no setor privado também aderiram ao movimento. Os docentes, especialmente as mulheres — sobretudo aquelas que lecionam para a educação infantil e para as séries iniciais do ensino fundamental, que tendem a começar a dar aulas mais cedo, bem jovens —, estão entre os mais prejudicados pela proposta de reforma do governo Bolsonaro.

Atualmente, não há ideia mínima para a aposentadoria da categoria (embora haja incidência do fator previdenciário), sendo que as professoras da educação básica devem somar 25 anos de contribuição e os professores, 30. Caso a reforma passe, contudo, os docentes na educação básica, tanto homens quanto mulheres, só poderão se aposentar com idade mínima de 60 anos e 30 anos de contribuição. Mesmo assim, ao atingir a idade e tempo de contribuição mínima, o professor ou a professora se aposentará apenas com 60% de sua média salarial. Para atingir 100% do valor, terá que trabalhar e contribuir mais com dez anos.

“A reforma da Previdência não é para combater privilégios”, apontou o coordenador-geral da Contee, Gilson Reis. A reforma é para atacar pobre e trabalhador.”

Confira imagens das manifestações enviadas pelos diretores da Contee:

Minas Gerais

Pará

Rio Grande do Sul

São Paulo