Trabalhadores protestam contra reforma da Previdência

Concentrações em praças e rodoviárias, passeatas, panfletagens e carros de som foram formas de protestos contra a reforma da Previdência e o Governo Temer na quarta-feira, 13, Dia Nacional de Luta. Diretores da Contee e entidades filiadas participaram das atividades, manifestaram apoio à greve de fome que um grupo do MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores) realiza na Câmara dos Deputados e esclareceram a categoria sobre os prejuízos que a aprovação da reforma trará aos trabalhadores. Ação foi um dos assuntos mais comentados do Twitter com a hashtag #SeVotarNãoVolta.

Em meio a desencontros em suas próprias fileiras, o governo federal mantém as negociações com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para votar a reforma na próxima semana, antes do recesso parlamentar.  “Devemos continuar atentos e manter os trabalhadores preparados para a luta. O disse que disse do governo e da mídia patronal não pode levar à nossa desmobilização”, alerta o coordenador geral da Contee, Gilson Reis.

Por volta das 6h, em São Bernardo do Campo, cinco mil trabalhadores e trabalhadoras da Volkswagen pararam parte da Rodovia Anchieta e aprovaram, por unanimidade, realizar greve caso a proposta contra o fim da aposentadoria seja colocada em votação.

Na capital paulista, em frente ao prédio do INSS, no viaduto Santa Ifigênia, sindicalistas alertaram a população sobre as consequências da nova proposta de reforma, que exclui milhões de brasileiros e brasileiras da Previdência. Depois saíram em passeata pelo centro da cidade. Em Santa Catarina, a concentração foi no calçadão da Felipe Schmidt, também em frente à agência do INSS, em Florianópolis. Na Assembleia Legislativa de Santa Catarina ocorreu ação em solidariedade à greve de fome que está sendo realizada contra a reforma da Previdência. Também na catarinense Chapecó sindicalistas ocuparam a frente do INSS.

No Rio Grande do Sul, dirigentes sindicais realizaram ato e concederam coletiva de impresa na Assembleia Legislativa, onde foi anunciada a adesão de sete deputados estaduais e 10 trabalhadores do campo e da cidade à greve de fome contra o fim da aposentadoria.

Em Belém, também teve ato público em frente à agência do INSS. No Pará, também adesão à greve de fome. Em Belo Horizonte, as ruas foram tomadas por outdoorrs denunciando os deputados mineiros favoráveis à reforma.

Em Goiás, professores, trabalhadores administrativos dos estabelecimentos de ensino e da  Agricultura Familiar da Fetraf se somaram aos movimentos sociais em Goiânia no Dia de Luta e se solidarizaram com os que estão em greve de fome na Câmara dos Deputados.

Na quarta-feira ocorreu panfletagem no centro de São Luís e nesta quinta-feira (14), haverá novos protestos no aeroporto da capital maranhense para pressionar os deputados federais do estado a votarem contra a reforma da previdência.

No Rio de Janeiro houve planfletagem e microfone aberto na Central do Brasil. Em Brasília a CUT Brasília foi realizada panfletagem e diálogo com a população na Rodoviária do Plano Piloto.

A intenção do Dia de Luta foi esclarecer as dúvidas dos trabalhadores e trabalhadoras, e assim engrossar as fileiras de resistência e pressão sobre os parlamentares. São eles, deputados e deputadas federais, que decidirão, através do voto, se a classe trabalhadora continuará com o direito de se aposentar ou trabalhará até morrer.

Carlos Pompe

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