Trabalhadores unidos pelo fim do fator previdenciário e imediata correção da tabela do IRPF
Hoje (12) é dia de mobilizações em todo o Brasil pelo fim do fator previdenciário e pela imediata correção da tabela do Imposto de Renda. Os atos foram convocados conjuntamente pelas centrais sindicais – CTB, CUT, Força Sindical, Nova Central e UGT – para cobrar do governo a apresentação de uma proposta alternativa ao fator previdenciário, visto que o prazo estabelecido pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, para concluir as discussões sobre o assunto com os representantes das centrais sindicais se encerrou no fim de outubro, sem qualquer avanço.
A última reunião do ministro com os representantes das centrais ocorreu em agosto, quando foi fixado o prazo de 60 dias para a apresentação de uma solução para o problema provocado pelo fator previdenciário, que prejudica sobretudo os cidadãos que começaram a trabalhar mais cedo, como é o caso dos trabalhadores em educação, principalmente das professoras.
Outro ponto da pauta das manifestações de hoje é a correção da tabela do Imposto de Renda. Segundo análise feita pelo Dieese, de janeiro de 1996 a janeiro de 2013, levando em consideração o limite de isenção, a tabela do IRPF foi corrigida em 90,08%. Nesse mesmo período, o valor da cesta básica na cidade de São Paulo, calculada pelo Dieese, aumentou 243,96%; o saldo da caderneta de poupança, 656,62%; e os índices de inflação, como o INPC, o IPCA e o IGP-M, variaram, respectivamente, 195,90%, 189,54% e 312,00%. A própria arrecadação do IRPF teve aumento superior a 1.000%. Com essa defasagem da tabela, o limite de isenção do IRPF diminuiu em termos reais, o que levou à tributação de trabalhadores com rendas mais baixas.
A Contee e os trabalhadores em educação do setor privado estão unidos às centrais sindicais e às demais categorias na defesa dessas duas bandeiras. Acabar com o fator previdenciário é fazer justiça a quem começou a trabalhar mais cedo. Já no caso do IRPF, quem ganha menos não pode pagar mais.
Veja aqui o panfleto da mobilização
Da redação, com informações da CTB e da CUT