Trump no poder: Colapso global

A posse de Donald Trump na presidência dos Estados Unidos, ocorrida ontem (20/01), representa uma ameaça direta à estabilidade econômica global e marca a retomada de uma agenda política que promove a divisão, o autoritarismo e a subordinação dos interesses de outras nações aos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, coloca em xeque a democracia e os direitos humanos, elementos fundamentais para a convivência global pacífica e justa.

Trump, com sua ideologia protecionista e visão unilateralista, já demonstrou, ao longo de seu primeiro mandato, que seu compromisso não está com o fortalecimento das instituições democráticas ou com a construção de um sistema econômico global mais equânime. Em vez disso, seu foco está no aumento do poderio imperialista dos Estados Unidos, utilizando seu tamanho e força para submeter outras nações a seus próprios interesses.

A primeira grande ameaça que o governo Trump representa é sua agenda econômica voltada para o isolamento comercial. Suas propostas de aumentar as tarifas de importação em até 20% terão um impacto devastador nas economias que dependem das exportações para os EUA, como o Brasil. O encarecimento dos produtos brasileiros no mercado norte-americano afetará negativamente o setor produtivo, especialmente a indústria nacional, já fragilizada por dificuldades estruturais. Além disso, as tarifas elevadas podem aumentar as importações para os EUA, gerando inflação e pressionando ainda mais o custo de vida no Brasil, que já sofre com altos índices de inflação.

Entre as medidas mais urgentes, Trump se apressa em assinar uma série de ordens executivas que reforçam sua agenda anti-imigração e favorecem uma elite empresarial, que ocupa posições chave em seu governo. As ordens executivas, que deverão fechar ainda mais as portas para os imigrantes, estão em total desacordo com os princípios humanitários e com a diversidade que caracteriza muitas sociedades ao redor do mundo, incluindo o Brasil. Esse comportamento xenofóbico, que trata os imigrantes como inimigos, desrespeita valores fundamentais da convivência global e enfraquece a solidariedade internacional.

Além disso, as ameaças de Trump contra a China, por meio de tarifas elevadas sobre seus produtos, podem desencadear uma guerra comercial de proporções imprevisíveis, afetando diretamente o Brasil. O país, que mantém um forte comércio com a China, poderá se ver em uma posição delicada, sendo forçado a escolher entre duas potências globais, o que prejudicaria sua capacidade de agir com autonomia e preservar seus interesses nacionais.

Com essas medidas, Trump prioriza os interesses dos magnatas e das grandes corporações em detrimento da maioria da população. Sua agenda é voltada para a maximização de lucros à custa do sofrimento de milhões de trabalhadores e trabalhadoras, ignorando as necessidades das camadas sociais mais vulneráveis.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (CONTEE) reforça sua posição firme contra as políticas extremistas e imperialistas de Donald Trump. Suas ações não só fragilizam a economia global, mas também ameaçam os pilares da democracia, dos direitos humanos e da paz mundial. As atitudes de Trump minam o equilíbrio e a cooperação entre as nações, colocando em risco um futuro de prosperidade coletiva.

Em tempos de desafios globais, como as mudanças climáticas e as desigualdades sociais, é fundamental que o Brasil mantenha sua soberania e continue a trilhar um caminho de resistência. Defendemos os direitos dos trabalhadores, das minorias e de todos que buscam uma sociedade mais justa, democrática e solidária, sem se submeter às pressões externas de governos imperialistas.

Brasília, 21 de janeiro de 2025

Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (CONTEE)

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