Unesco propõe “novo contrato social” para o setor da educação

Em novo relatório, agência da ONU pede reflexão sobre o tipo de educação que o mundo quer em 2050, sugerindo práticas que podem ser mantidas e outras que podem ser abandonadas; mais de 1 milhão de pessoas participaram das consultas; principal ponto é para uma pedagogia baseada na cooperação e na solidariedade, por um mundo com mais compaixão.

A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, está propondo uma reflexão: como o mundo imagina o setor da educação em 2050? Em um novo relatório, a agência menciona práticas que podem ser mantidas, outras que podem ser abandonadas e sugere criatividade.

O documento “Imaginando nossos futuros juntos: um novo contrato social para a educação” contou com a colaboração de mais de 1 milhão de pessoas, que participaram do processo de consultas globais.

Compaixão e solidariedade

O relatório levou dois anos para ser produzido e foca na transformação do sistema educacional, para que seja mais justo e sustentável.

A Unesco propõe que a “pedagogia tenha como base os princípios da cooperação, colaboração e solidariedade”, levando em conta as capacidades intelectuais e morais dos alunos.

Agência da ONU destaca que será preciso também reverter preconceitos e divisões
Foto: Tapash Paul/Unesco/Reprodução ONU

O foco é conseguir com que os estudantes ajudem a “transformar o mundo com empatia e compaixão”. A agência da ONU destaca que será preciso também reverter preconceitos e divisões.

Combate às fake news

A Unesco recomenda também que os currículos escolares deem foco ao aprendizado intercultural e interdisciplinar para que os estudantes produzam conhecimento e desenvolvam suas capacidades críticas.

O documento defende que o programa educacional “abrace conhecimentos sobre ecologia, para que a humanidade reequilibre a maneira com que se relaciona com o planeta Terra”.

Zekia Musa é uma jovem ativista e defensora da paz com deficiência visual de 29 anos que trabalha no Ministério de Educação Geral e Instrução do Sudão do Sul, representando pessoas com deficiência. Ela também orienta alunos com deficiência em escolas da capital Juba
Zekia Musa é uma jovem ativista e defensora da paz com deficiência visual de 29 anos que trabalha no Ministério de Educação Geral e Instrução do Sudão do Sul, representando pessoas com deficiência. Ela também orienta alunos com deficiência em escolas da capital Juba. Foto: Maura Ajak/Reprodução ONU

Outro ponto é a importância em combater a desinformação, com as escolas aplicando conhecimentos científicos, digitais e humanísticos que desenvolvam as habilidades dos alunos de saber diferenciar informações falsas das verdadeiras.

A Unesco sugere um futuro no qual os professores sejam sempre reconhecidos pela sua importância para a transformação social. Colaboração e trabalho em equipe deverá ser a principal característica da atuação dos docentes, com novas práticas pedagógicas focadas em autonomia, liberdade e inclusão.

A agência da ONU imagina um cenário em que todas as escolas servirão de modelo de respeito aos direitos humanos, sendo ambientes capazes de unir grupos diversos e expor os alunos a desafios e possibilidades únicos, com foco no trabalho em equipe.

ONU News

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