Universidades paulistas querem mais verba para cotas
O programa de cotas para alunos de escolas públicas apresentado por USP, Unesp e Unicamp ao Governo estadual paulista deverá contar com verba adicional ao que as universidades já recebem. O modelo prevê recursos extras para a criação e manutenção do curso superior preparatório que parte dos estudantes beneficiados farão, antes de entrar nas graduações das universidades.
Segundo a Folha apurou, o modelo do projeto já foi aprovado por Alckmin, que deverá fazer o anúncio oficial do projeto na quinta-feira (20). As três instituições recebem 9,57% do ICMS (principal imposto paulista). O entendimento das universidades é que a verba é insuficiente para manter os alunos do curso preparatório.
A ideia apresentada pelas instituições é que o curso seja dado semipresencialmente por meio da Univesp (a recém-criada universidade virtual de São Paulo). A Folha apurou que esses estudantes, que estariam entre os melhores das escolas de ensino médio público, poderão ocupar ao menos 20% das vagas nas três universidades, sem fazerem vestibular. O critério de escolha será a nota no curso preparatório.
A meta final é que até 2016 ao menos 50% dos ingressantes nas universidades sejam egressos de escolas públicas. Na USP, por exemplo, 28% dos matriculados em 2012 eram da rede públicas.
Além do curso preparatório, inspirado nos “colleges” americanos, as universidades deverão adotar outras estratégias, a serem definidas.
Depois do aval oficial do governador, a proposta ainda terá de ser referendada pelos Conselhos Universitários das escolas. Na USP, a ideia é que haja discussão também nas suas mais de 40 unidades de ensino e pesquisa.
Alckmin pediu às universidades que apresentassem um modelo para aumentar o número de alunos da rede pública em seus cursos. O Governo estadual – responsável pelas três instituições – está pressionado por uma lei federal já em vigor, que determina que 50% das vagas das universidades da União sejam reservadas para alunos de escolas públicas.
Com informações da Folha de S.Paulo