Vem lá de Pernambuco: Em assembleia do Sinpro PE, professores ratificam luta por melhores condições de trabalho
“Se não ocorrerem avanços, o movimento paredista não está descartado”
Que “escola privada” estamos fazendo no Estado de Pernambuco? Essa indagação pairou sobre a assembleia dos professores do setor privado de ensino, nesta terça-feira (29). Na ocasião, a diretoria do Sinpro apresentou a contraproposta patronal para categoria, que por sua vez a negou por completo.
Para o Sinpro, os patrões tratam com desrespeito as propostas e necessidades dos trabalhadores da educação, sendo intransigentes, não respondendo satisfatoriamente nenhuma das reivindicações dos docentes.
Com atual situação de baixos salários e de péssimas condições de trabalho, os donos de escolas impedem que os profissionais sejam verdadeiramente valorizados.
Os patrões se negam a incorporar a Convenção Coletiva de Trabalho, cláusulas sociais importantes para os professores como: liberação de até 15 dias para acompanhamento médico dos filhos e dependentes legais civilmente incapazes e portadores de necessidades especiais; o aumento do período da licença paternidade; e oferta de bolsas de estudos para dependentes legais.
Além disso, o Sinepe também propõe a retirada de direitos históricos conquistados pelos docentes, como a vedação a para instalação de câmaras em salas de aula; redução do percentual das horas extras de 100% para 50% e a extinção da multa de 50% para professores demitidos durante o semestre letivo.
Diante dessa atitude inaceitável o posicionamento dos professores é de união e mobilização. A decisão da assembleia ratificou a luta por melhores salários, pela valorização e qualidade profissional, não descartando um movimento paredista caso os donos de escolas não sinalizem disposição para avançarem nas negociações.
Uma nova assembleia está marcada para o dia 09 de maio (sexta-feira), às 14 horas, na sede do Sinpro Pernambuco e nas subsedes de Caruaru, Petrolina e Limoeiro.
Por Mariza Lima – Assessoria de Comunicação do Sinpro PE