Violência política: co-candidata ao Senado pelo PSOL é atacada por bolsonarista no ES

Rafaella é uma mulher negra, de cabelos compridos e com tranças. Ela usa um blazer branco sobre uma blusa vermelha. Está sorrindo.

Na última quinta-feira, 25/08, a co-candidata ao Senado pelo PSOL Capixaba, Rafaella Machado, sofreu mais um ataque político, no bairro de Jardim Camburi, em Vitória (ES). A professora estava na rua, aguardando um lanche ficar pronto, quando um homem que se declarava apoiador de Bolsonaro arrancou de seu peito o adesivo que ela usava, com as cores LGBTQIa+ e a frase #forabolsonaro, e em seguida a ameaçou com violência e gritos, chegando a dizer que iria dar um tiro em sua cabeça.

Esse episódio lembra o que aconteceu em junho de 2021, quando, por exercer seu papel como professora, Rafaella Machado foi perseguida por um vereador bolsonarista de Vitória. Rafaella foi atacada nas redes sociais e na própria escola, por ter feito uma atividade com os estudantes, na passagem do dia 28 de junho, Dia do Orgulho LGBTQIA+.

Assim como da primeira vez, Rafaella não se intimidou e denunciou a violência política de que foi vítima. Ela gravou um vídeo na internet (abaixo) e denunciou o caso na imprensa do Espírito Santo.

Segundo a corrente Resistência/PSOL, da qual ela faz parte, Rafa vai seguir firme na campanha sem abaixar a cabeça para fascista e homofóbicos. “A sua coragem que já inspirou centenas de alunas e alunos, ex-alunas e ex-alunos, professoras e professores e ativistas segue firme com a candidatura coletiva do PSOL ao Senado. Estar nas eleições 2022 só faz sentido se for para enfrentar Bolsonaro, o bolsonarismo e tudo o que eles representam, ousando mais do que ousamos até agora. O amor vai vencer o ódio e o primeiro passo é eleger Lula já no dia 2 de outubro”, anunciou a corrente.

Rafaella compartilha a co-candidatura do PSOL com Gilberto Campos, auditor fiscal aposentado. A candidatura coletiva é um formato novo na política brasileira, tendo sido usado em mandatos parlamentares em vários estados, como forma de apostar na coletividade e também ocupar lugares na política e posições de poder. O PSOL é um dos partidos que mais aposta nessa forma de fazer política.

*Com informações da Resistência/PSOL ES.

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