Vitória épica dá trimundial para Argentina e consagra Lionel Messi

Em final histórica, lendário camisa 10 marcou duas vezes na vitória sobre a França de Kylian Mbappé, autor de inéditos três tentos na decisão. Troféu teve de ser definido na disputa de pênaltis

Finalmente os deuses da bola fizeram justiça para Lionel Messi. Comandada pelo lendário camisa dez, a Argentina derrotou a França neste domingo (18), no Catar, e sagrou-se tricampeã da Copa do Mundo em uma final de tirar o fôlego, talvez a maior de todos os tempos. Além de campeão, Messi sai como o melhor jogador do torneio, vice-artilheiro e jogador com mais partidas na história dos Mundiais, com 26.

Os sul-americanos fizeram 2 a 0 ainda no primeiro tempo e parecia que venceriam sem maiores sustos. Porém, na reta final, o camisa 10 francês, Kylian Mbappé, meteu dois gols, um deles de placa, e levou a decisão para a prorrogação. Nela, Messi marcou o terceiro, um gol chorado, quase anulado por impedimento. Porém, novamente na reta final, Mbappé fez o terceiro dele e da França, algo nunca visto em uma final de Copa. Nada mais restava a não ser definir nas penalidades. Nelas, vitória por 4 a 2 e, finalmente, a taça do Mundial para Lionel e companhia.

Susto no começo

O título coroa uma campanha que, na primeira rodada, parecia improvável. Apesar de favorita, a Argentina estreou derrotada pela Arábia Saudita, por 2 a 1, de virada. O tropeço deu fim a uma sequência de 36 jogos de invencibilidade. A recuperação teve início com um 2 a 0 sobre o México, numa vitória sofrida que só começou a ser construída com um torpedo de fora da área disparado por Messi. A seguir, triunfo para cima da Polônia, pelo mesmo placar, e aos hermanos passaram para as oitavas de final como campeões do Grupo C. Nas oitavas e nas quartas de final, classificações sofridas ante Austrália (2 a 1) e Holanda (nos pênaltis, após empate em 2 a 2 no tempo normal). Na semifinal, grande atuação da equipe no 3 a 0 aplicado na Croácia.

Assim, a Argentina levanta a taça pela terceira vez. As duas anteirores foram em 1978, em casa, e 1986, no México, essa última sob a batuta de Diego Armando Maradona. Agora, no Catar, era a última chance de Messi, com 35 anos. Ele já havia passado perto, perdendo para a Alemanha a final de 2014, no Maracanã.

França de Mbappé

Os franceses chegaram no Catar como campeões e sentiram o gosto amargo do vice pela segunda vez. A primeira foi em 2006. Além disso, perderam a chance de repetir o Brasil de Pelé e Garrincha, última seleção a vencer duas Copas seguidas, entre 1958 e 1962, e também a Itália em 1934 e 1938. A juventude do elenco dos Bleus, cheio de nomes abaixo dos 30 anos, 21 dos 25 convocados, entre eles o craque Kylian Mbappé, artilheiro do Mundial com oito gols e único a marcar três vezes numa final.

*Com Agência Brasil

Rede Brasil Atual

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