Vote na justiça social: Escolha os candidatos comprometidos com a dignidade da pessoa humana

Preste atenção nas propostas dos (as) candidatos (as) para não cair nas mãos dos políticos que “não sabem governar sua cozinha e podem governar o mundo inteiro”, como alertou o poeta Gregório de Matos Guerra

Às vésperas das eleições, meditar sobre as propostas dos (as) candidatos (as) é de suma importância. Pensar na realidade vigente dos municípios se faz necessário. Qual o cenário atual e qual o futuro almejado?

Essa reflexão é fundamental nesta reta final para fazer as escolhas mais coerentes, eleger os representantes comprometidos com a coletividade, com a classe trabalhadora, que inclui os profissionais da educação representados pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee).

Separar o joio do trigo requer paciência e um cuidado acurado. Do mesmo modo acontece na política. Desagregar os políticos bem-intencionados daqueles que querem usufruir do erário público em benefício próprio, pede uma análise minuciosa do plano de governo, de atuação legislativa.

Consulte fontes confiáveis, como plataformas de transparência e avalie as propostas dos (as) candidatos (as). Assista a debates e discussões que podem ajudar a esclarecer as posições dos concorrentes. Não hesite em questionar os políticos sobre suas propostas e compromissos. Opte pelos defensores de áreas-chave como educação, saúde, meio ambiente, direitos humanos e justiça social.

Pesquise como os (as) candidatos (as) se posicionam diante de projetos de leis inerentes aos direitos trabalhistas, como reforma trabalhista, reforma da previdência, aumento do salário mínimo, entre outros. Como eles veem a ampliação dos direitos trabalhistas, a questão da precarização do trabalho e as iniciativas de valorização do piso salarial. Se eles (as) têm histórico de diálogo e parceria com sindicatos e movimentos sociais.

Preste atenção nas redes sociais dos (as) candidatos (as) para compreender melhor as suas intenções e o diálogo com os eleitores.

O dia 06 de outubro está se aproximando. Vamos eleger prefeitos (as) e vereadores (as) preocupados (as) com a dignidade da pessoa humana, dos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil, com a consolidação de um Estado forte e não mínimo.

Uma das armadilhas mais comuns nas eleições é a diferença entre propostas concretas e promessas vagas. Candidatos (as) que apresentam soluções práticas e mensuráveis, como planos de ação para a educação pública ou iniciativas para a sustentabilidade, tendem a ser mais confiáveis. Em contrapartida, promessas genéricas, sem detalhes ou prazos, devem levantar suspeitas.

Decidir o voto com base em propostas bem fundamentadas é um passo imprescindível para promover mudanças consistentes. Um (a) eleitor (a) informado (a) tem o poder de exigir melhores políticas públicas e requerer accountability (prestação de contas) de seus (as) representantes.

O seu voto é uma arma poderosa. Aqui estão alguns pontos a considerar na hora de definir seu candidato e não cair nas mãos de gestores (as) e legisladores irresponsáveis que “NÃO SABEM GOVERNAR SUA COZINHA E PODEM GOVERNAR O MUNDO INTEIRO”, como bem alertou o poeta satírico Gregório de Matos Guerra, conhecido como o Boca do Inferno.

1. Educação

A educação é o alicerce para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa, crítica e engajada. Verifique se os (as) candidatos (as) têm propostas claras para o aumento de investimentos em educação pública; valorização dos profissionais da educação, viabilizando melhores salários e condições de trabalho adequadas; iniciativas relacionadas à acessibilidade e inclusão dos (as) estudantes, independentemente de suas condições socioeconômicas.

2. Meio Ambiente

O zelo com o meio ambiente é crucial para assegurar um ecossistema equilibrado e um futuro saudável às próximas gerações. Avalie se os (as) candidatos (as) se comprometem a proteger áreas de preservação e incentivar o uso sustentável dos recursos naturais, denunciando a crise climática, os desmatamentos desenfreados e combatendo os efeitos das queimadas que assolam todo o país; se eles (as) procuram adotar políticas de energia limpa e redução de emissões de carbono; promover a educação ambiental nas escolas e comunidades; apoiar a economia circular, ou seja, as iniciativas que promovam a diminuição de resíduos e reaproveitamento de recursos;

3. Justiça Social

A luta por justiça social é uma questão basilar para sedimentar uma sociedade mais igualitária e humana. Considere se os (as) candidatos (as) têm propostas voltadas a mitigar as desigualdades sociais, como políticas de redistribuição de renda; planos de ação para garantir direitos humanos, especialmente aos grupos marginalizados; se estão focados (as) na busca de benefícios para a classe trabalhadora, refutando retrocessos, lutando para aprimorar e ampliar os direitos trabalhistas e sociais,

4. Saúde

A saúde é sinônimo de vida. Veja se os candidatos (as) dispõem de propostas para fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS), garantindo atendimento de qualidade a todos; se eles (as) buscam investimentos para campanhas de saúde pública e prevenção de doenças; se são contra o negacionismo e defendem a ciência.

5. Direitos Humanos

A empatia é indispensável para a boa convivência social. Confira se os (as) candidatos (as) possuem propostas inerentes a atenuar desigualdades, como políticas de ação afirmativa e promoção de direitos humanos; de apoio a grupos vulneráveis como mulheres, negros, LGBTQIA+ e outras minorias; de abordagem integrada, focada na segurança pública, na prevenção, no combate à violência e reintegração social.

Analisar as propostas dos (as) candidatos (as) é uma forma de empoderar-se como eleitor (a) e assegurar que suas escolhas reflitam seus valores e aspirações. Ao fazer isso, você não apenas exerce seu direito de voto, mas também contribui para um futuro mais justo e sustentável para todos, bem como fortalece a democracia. Vamos votar com responsabilidade e clareza!

Assim como a educação, o voto não é mercadoria. Neste próximo domingo, confirme na urna os preceitos democráticos e o bem comum.

Por Romênia Mariani

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