Crime eleitoral: Bolsonaro comprou 21.447 lanches com cartão corporativo na eleição

Refeições foram compradas em pelo menos 35 viagens durante campanha eleitoral. Gastos totais chegam ao valor de R$ 745 mil. Está evidente a ilegalidade cometida pelo ex-presidente no período da campanha à reeleição

Sucessão de crimes eleitorais foram cometidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022. Foi descoberto, agora, que o ex-chefe do Executivo pagou, ao menos, 21.447 lanches com cartão corporativo durante viagens de campanha para à reeleição em 2022.

Segundo informações compartilhadas pelo portal UOL Notícias, as refeições não eram pagas para a comitiva do ex-presidente, que tinha em torno de 20 pessoas.

Os comprovantes obtidos pelo UOL incluem outras 5.075 compras de refeições, cujo valor total soma R$ 754 mil. Despesas essas pagas com cartão corporativo da Presidência da República.

A alimentação era paga para militares e policiais escalados para dar apoio de segurança em eventos de campanha, além de guardas municipais, bombeiros, agentes de trânsito e profissionais do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).8

DESPESAS FORA DO ESCOPO

No entanto, pagar os kit-lanches não entra no escopo do cartão corporativo do presidente da República. Quando a autoridade solicita apoio na segurança de algum evento, a alimentação geralmente deve ser fornecida pelo próprio Estado ou município.

Pelo que se vê, o ex-presidente não respeitava nenhuma norma legal sobre procedimentos do presidente da República, no exercício do cargo, em campanha reeleitoral.

Em outubro do ano passado, durante a campanha, o governo federal editou portaria — muito conveniente — que autoriza a solicitação de alimentação para os integrantes de apoio local, mas os servidores designados não poderiam receber diárias pelos órgãos ou entidades em que estão lotados.

A reportagem do UOL também obteve acesso a relatórios do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) e do Departamento de Coordenação de Eventos e Viagens do então candidato.

Os documentos solicitam lanches para alimentar os servidores locais que trabalhassem nos eventos do ex-presidente Bolsonaro.

Os kits foram comprados em pelo menos 35 viagens durante as eleições.

O dinheiro do erário irrigou fartamente a campanha de Bolsonaro. A gastança foi farta e ilegal. Quem vai pagar por isso?

GASTANÇA LIBERADA

Em algumas cidades, dependendo do tamanho do município e da duração do evento, as compras variam de centenas a mais de 1.500 kits.

Na maioria dos casos, o kit-lanche de Bolsonaro incluía:

· 2 sanduíches de presunto e queijo;

· 1 fruta;

· 1 barra de cereal; e

· 1 refrigerante e/ou água.

Hora do Povo

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