Eleições 2022: “Às redes, às ruas e à categoria”, encaminha Gilson Reis

Trata-se, pois, de disputa histórica entre o neofascismo ultraneoliberal, representado por Bolsonaro, e a reconstrução do Brasil, representada por Lula, com mobilização popular

Ao abrir a reunião do Coletivo de Comunicação da Contee, nesta segunda-feira (8), o coordenador-geral da Confederação, Gilson Reis conclamou às entidades de base — sindicatos e federações — a atuarem nas “redes, nas ruas e na categoria” para derrotar o presidente Jair Bolsonaro (PL) e eleger o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Para isso, em nível da categoria dos trabalhadores em educação privada, em particular no que tange à comunicação, que o coordenador-geral entende como “coletivo estratégico”, é preciso que todos se lancem nas campanhas eleitorais, pois faltam apenas 55 dias até 2 de outubro.

Para Reis, está havendo e vai se intensificar, tal como ocorreu em 2018, “guerra de desinformação”. Para combater isso, segundo o representante sindical, é preciso criar e construir mecanismos como uma “cadeia de comunicação” da Contee entre as entidades sindicais.

Isso para que a comunicação da Contee chegue à categoria em nível nacional e reduza, assim, os efeitos das mentiras que são jogadas nas redes sociais aos borbotões pela campanha bolsonarista.

Perspectiva histórica

Há, ainda segundo o dirigente sindical, dois caminhos em disputa neste pleito: o do neofascismo ultraneoliberal, representado por Bolsonaro, e o que aponta caminhos para a reconstrução do Brasil, representado por Lula, com mobilização popular.

Há algumas novidades, desde que Bolsonaro fez reunião com os embaixadores estrangeiros para criticar o sistema eleitoral brasileiro e as urnas eletrônicas. Essa atitude do chefe do Poder Executivo unificou a sociedade civil, que agora se manifesta por meio de documentos públicos, em defesa do Estado Democrático de Direito — Faculdade de Direito da USP, Fiesp, Febraban, centrais sindicais, UNE, Ubes, Unicamp e tantas outras.

Ao tratar sobre o assunto, o representante do Sinproep-DF, Pedro Rafael (Tico), lembrou a palavra de ordem da revolução mexicana (1910): “só o povo salva o povo”.

Também do Sinproep-DF, o dirigente Trajano Jardim entende que “o centro da campanha no setor da educação privada tem que ser a perda de direitos nesse governo. Os trabalhadores da educação [privada] estão vivendo condições de trabalho análoga à escravidão.”

Mobilização de #17A

Na reunião, Fred Vázquez, da equipe de comunicação da Contee, apresentou as peças publicitárias do #17A (de agosto), quando a Contee, os sindicatos e as federações vão realizar o “Dia Nacional de Mobilização e Luta” contra a precarização crescente das relações de trabalho e aviltamento da renda dos trabalhadores em educação do ensino superior.

A mobilização de 17 de agosto vai ser objeto de debate, nesta terça-feira (9), no Fórum das Entidades: sindicatos e federações.

Além disso, como um dos propósitos da criação do Coletivo de Comunicação, foi apresentado “passo a passo” para ajudar os dirigentes sindicais a trabalhar com as redes sociais.

A ideia da Coordenação de Comunicação, sob Alan Francisco de Carvalho, é contribuir para que os dirigentes sindicais se familiarizem com as ferramentas da comunicação instantânea — as redes sociais.

Marcos Verlaine

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