Executiva decide debater documento-guia da Conclat na reunião da Plena

Entre os vários temas objeto da reunião, a direção resolveu realizar discussão mais aprofundada sobre a conferência na próxima semana

Os diretores começaram a reunião da Executiva discutindo a atual situação do mundo e do Brasil, a partir de intervenção do coordenador-geral, Gilson Reis. O principal fato internacional do momento, o conflito entre Rússia e Ucrânia, foi objeto de debate interno da Confederação e tema do Contee Conta.

“O monopólio de comunicação ocidental desinforma, a favor da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). O essencial é o processo em evolução para um novo mundo que está nascendo, devido à crise do imperialismo dos Estados Unidos (EUA), em declínio relativo: da decadência da Otan; da nova formatação econômica, com enfraquecimento do papel do dólar no cenário mundial; da China e Rússia caminharem para posições unificadas no cenário internacional”, opinou Gilson, lembrando que o presidente dos EUA, Joe Biden, quer garantir odomínio do império na América Latina, dificultando o relacionamento da região com a China.

Para os dirigentes, esse conflito reflete o acirramento da crise do capitalismo nas relações internacionais. Apontaram para a necessária defesa da paz e das negociações nas disputas entre países. Consideraram, também, que o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro (PL), aproveita-se da crise na Ucrânia para responsabilizá-la pelo desastre econômico e social produzido pelo governo dele no País.

Desafio eleitoral

Ao tratar da conjuntura brasileira, os sindicalistas deploraram a inflação galopante, as dificuldades no campo do trabalho, no campo social, no campo político. Bolsonaro já está em campanha pela reeleição. Ele é um quadro político vinculado à direita mundial, que é poderosa e rica.  

Ele pode sabotar o processo eleitoral. Em novo mandato pode levar o Brasil a um regime ditatorial, ainda mais agressivo contra as mulheres, os negros, os grupos que se encontram em situação de desvantagem social e sofrem preconceito e discriminação.

Outro candidato da direita, da chamada terceira via, sumiu, favorecendo Bolsonaro, embora nível de rejeição dele ainda seja muito alto.

Pelo lado democrático, consolida-se a candidatura de Lula. O ex-presidente poderá lançar a campanha dele em abril. “O desafio é garantir a vitória das forças democráticas na eleição presidencial, nos governos dos estados e nos parlamentos; caso contrário teremos ainda mais perdas de direitos, de soberania, de liberdade”, afirmou Reis, finalizando esse item da pauta.

Questões da Contee

Após debater, com brevidade, a conjuntura política brasileira, a Direção Executiva tratou da campanha salarial 2022, do seminário de educação, do Dia Internacional da Mulher e da Conclat (Conferência da Classe Trabalhadora), a ser realizada em 7 de abril, em São Paulo.

Sobre a campanha salarial, o coordenador-geral da Contee propôs que os representantes das federações fossem convidados para reunião da diretoria plena, dias 17 e 18, da próxima semana, a fim de que possam dar informes sobre o andamento das campanhas nos estados e regiões.

Esses informes devem nortear decisões sobre como encaminhar a campanha salarial na base da Confederação.

Em relação ao seminário de educação, uma coordenação da Contee vai acompanhar a realização dos eventos nos estados.

Sobre o Dia Internacional da Mulher (8 de Março), a deliberação foi fechar o mês com a realização de um Contee Conta especial, dia 28, sobre o tema, com as dirigentes da Executiva. O mote do debate vai ser o papel da mulher na sociedade.

Finalmente, a Executiva decidiu fazer o debate, mais aprofundado, sobre o documento-guia da Conclat elaborado pelas centrais sindicais, na reunião da Diretoria Plena, na próxima semana.

Carlos Pompe e Marcos Verlaine

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