Nota Pública: Em defesa da vida de adultos e crianças

O mundo vive nesses 2 últimos anos, uma das maiores pandemias do século. Milhões de contaminados e mortos. Uma crise humana de dimensões catastróficas. Estamos diante de possível quarta onda, com a chegada da variante Ômicron, que vem causando grandes transtornos e preocupações em vários países e populações mundo afora.

No Brasil, desde o início da crise da covid-19, o governo e o Ministério da Saúde tratam a crise sanitária de forma irresponsável, criminosa e anticientífica, conforme amplamente exposto na CPI da Covid-19 do Senado Federal. O Brasil enfrentou conjunto de dificuldades originadas justamente do núcleo dirigente do País.

Negacionismo, ausência de plano nacional para combater a pandemia, e de protocolos, negligências na questão do afastamento social, na compra vacinas, de testes e um conjunto de imposturas lideradas pelo presidente da República, cujo resultado levou o Brasil à triste marca de o segundo maior no ranking de número de mortes em todo mundo.

Pela intensa pressão imposta pela sociedade, o Parlamento, os meios de comunicação, o Judiciário, os movimentos sociais e sindical, o governo foi obrigado a assumir a responsabilidade constitucional de comprar e vacinar a população brasileira e criar as condições mínimas para garantir a vida de milhões de pessoas.

O processo de vacinação chega neste final de ano a patamar razoável, que coloca o SUS (Sistema Único de Saúde) e a saúde pública na condição de as mais importantes segmentos públicos do Brasil.

A vacinação da sociedade ainda está para ser realizada em sua plenitude. Vacinar os jovens de 12 a 18 anos, dose de reforço para a população adulta, principalmente para os grupos de risco como idosos, profissionais da saúde e educação e pessoas com comorbidades, dentre outros.

O lema deve ser: vacinar toda a população com objetivo de diminuir as complicações clínicas, internações e as várias consequências à saúde no pós-covid.

Contudo, a polêmica deste final de ano consiste em vacinar as crianças, a partir de 5 anos de idade. Desde o início, Bolsonaro e Queiroga se posicionaram contrários à vacinação da nossa infância, praticando novamente crime contra a ordem sanitária e da vida das crianças brasileiras.

Pressionam a Anvisa, que definiu cientificamente pela necessidade de vacinação deste grupo de pessoas. O governo e as hordas negacionistas criminosos tentam expor e atacar os técnicos da Agência Sanitária ameaçando-os de morte, porque se decidiram tecnicamente pela vacinação das crianças e ainda atacam a instituição.

A Contee (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimento de Ensino), diante de toda essa situação repudia veementemente o caráter negacionista e criminoso do governo Bolsonaro e apoia incondicionalmente as organizações cientificas por determinar o dever e o direito à vacinação de crianças de 5 a 11 anos. Portanto, dando-lhes o direito à vida, que é garantida pela Constituição Federal.

Exigimos que o governo federal apresente imediatamente o plano de vacinação de nossas crianças e que possamos continuar a combater de forma cientifica e vigorosa essa pandemia e a nova variante que volta a amedrontar o mundo. Que garanta à sociedade brasileira o mínimo de respeito à vida e à sua reprodução com dignidade e segurança em todos os sentidos.

Brasília, 21 de dezembro de 2021.

Confederação Nacional em Estabelecimentos de Ensino – Contee

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