2014: Ano pleno de significações
Luiz Gambim
Coordenador da Secretaria da Saúde do Trabalhador da Contee
Olhar para o novo ano que acaba de iniciar deixa a gente um tanto perplexo, por tudo o que temos pela frente: Conae, campanhas salariais, eleições gerais, Copa do Mundo… e por aí vai a vida… Será um ano especial. Não faltarão desafios. Mesmo os mais alienados terão o que fazer, pela diversidade de situações que se apresentam.
Já de largada, nada menos que a Conae, a qual, em que pesem as dificuldades de encaminhamento dos seus resultados no Congresso Nacional, é um momento fundamental para o país, particularmente para aqueles que acreditam que a educação tem um papel fundamental na emancipação da consciência e é elemento estratégico na vida das pessoas e na soberania de uma nação.
Ainda no primeiro trimestre, ao menos aqui no Rio Grande do Sul, temos o momento mais importante da atuação sindical: a campanha salarial. Avançar em conquistas não pode apenas ser um desejo, precisamos organizar e lutar para fazer isso se tornar realidade. A nossa valorização enquanto trabalhadores passa por nós, por nossa organização, e pela luta que se antevê dura, mas que nos motiva a buscar ganhos reais, qualificar piso salarial, melhorar cláusulas na área da saúde e na nossa organização dos locais de trabalho. A perspectiva é de dificuldades, mas de muita luta. O desafio é avançar melhorando nosso patrimônio coletivo, materializado na convenção coletiva.
Futebol temos todos os dias e o ano inteiro, mas este ano teremos a Copa do Mundo aqui no Brasil. Isso não é pouco, nem rotineiro. É um evento mobilizador, que mexe com as paixões, senão de toda, da imensa maioria da população brasileira. Futebol anima e está na alma do povo por isso temos que levar em conta esse fato , mesmo que ele concorra e possa influenciar o maior evento politico nacional que serão as eleições gerais.
Mal termina a copa e entram em campo as eleições. Seguramente o processo eleitoral mais disputado e mais significativo da vida nacional dos últimos anos. Para nós, não basta ganharmos mais uma eleição e mantermos um governo de esquerda no país. Precisamos de fato avançar na pauta que interessa aos trabalhadores, pauta da regulamentação, que vai desde a regulamentação da mídia até a terceirização.
Diante de tantos e significativos eventos, ainda restará tempo para “sindicatar”? Penso que o grade desafio será exatamente este: nos mantermos vinculados às nossas categorias, à nossa base, e potencializar nesses eventos a nossa consistência sindical junto as trabalhadores. Uma categoria, uma cidade, uma sociedade, um país melhora quando a consciência cidadã cresce. Este é o grande desafio diante de tudo o que nos aguarda neste ano intenso de eventos, mas que podemos fazer cheio de significações se formos persistentes e consequentes no dia a dia do nosso fazer sindical.