25 de julho: o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra e Dia Internacional Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha

Neste sábado, 25 de julho, celebra-se, pelo segundo ano, uma importante conquista do movimento negro e também do movimento pela igualdade de gênero e pela emancipação da mulher: o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. A data foi instituída pela Lei 12.987, sancionada no dia 2 de junho de 2014. Até a sanção da lei, o Brasil era o único país da América Latina que não comemorava oficialmente, em 25 de julho, o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha.

Além do reconhecimento à data internacional, o dia comemorado no Brasil é um reconhecimento histórico ao papel de Tereza de Benguela, liderança quilombola, mulher de José Piolho, que chefiava o Quilombo do Piolho (ou Quariterê), em Guaporé, próximo à fronteira do estado do Mato Grosso com a Bolívia. Sob a liderança da Rainha Teresa, a comunidade negra e indígena resistiu à escravidão por duas décadas, sobrevivendo até 1770.

Lembrar a relevância da data de hoje, num momento em que, em todo o país, enfrentamos resistências conservadoras à garantia de uma educação não sexista, não racista e não homofóbica, é fortalecer nossa luta contra o racismo e o machismo, essenciais no combate ao preconceito, à discriminação, à desigualdade e à violência, em prol da construção de uma sociedade mais justa.

Da redação

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