História de luta: 30 anos da greve geral de 1983 serão relembrados em ato no dia 22

1011128_476475679112926_1581159698_nO local é simbólico. Na próxima segunda-feira (22), na antiga sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, no centro da capital, o coletivo sindical de apoio ao grupo de trabalho (GT) Ditadura e Repressão aos Trabalhadores e ao Movimento Sindical promoverá um Ato Sindical Unitário para relembrar os 30 anos da Greve Geral de 1983, ocorrida em 21 de julho de 1983. A paralisação, que mobilizou cerca de 3 milhões de trabalhadores, representou um dos maiores desafios operários contra a política de arrocho econômico e salarial e se configurou num marco que contribuiu para o fim do regime militar. Ainda em plena ditadura, a greve envolveu 35 entidades sindicais e associações de funcionários públicos, além de contar com o engajamento de diversos setores da sociedade, incluindo estudantes, partidos de esquerda, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Associação Brasileira de Imprensa (ABI).

O evento da próxima semana será aberto por dois dirigentes da greve geral de 83, Jair Meneguelli e Arnaldo Gonçalves, que à época ocupavam, respectivamente, as presidências da CUT e do Sindicato dos Metalúrgicos de Santos. A mesa de abertura também contará com a presença de Rosa Cardoso (coordenadora da Comissão Nacional da Verdade e responsável pelo GT Ditadura e Repressão aos Trabalhadores), Paulo Vannuchi (membro da Comissão Interamericana de Direitos Humanos) e José Luís Del Roio (presidente do Instituto Astrogildo Pereira). Além disso, terão assento e voz os representantes das dez centrais sindicais que compõem o Coletivo de Apoio ao GT.

Serão exibidos vídeos curtos de representantes de diferentes categorias de trabalhadores que tiveram protagonismo na luta contra a Ditadura: Carlúcio Castanha Júnior (in memoriam), à época, integrante da Oposição Sindical Metalúrgica de São Paulo (OSM-SP); Derly José de Carvalho, um dos fundadores do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo; José Ibrahin (in memoriam), presidente (cassado) do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco na época da greve de 1968; José Maria de Almeida, então metalúrgico na cidade de Santo André; Nair Goulart, que foi diretora do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo; Raphael Martinelli, que era líder nacional dos ferroviários e do Comando Geral dos Trabalhadores (CGT); e Vital Nolasco, que foi diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo.

Serviço:

O quê: Ato Sindical Unitário de inauguração Pública das atividades do GT Ditadura e Repressão aos Trabalhadores e ao Movimento Sindical
Realização: Coletivo Sindical de apoio ao GT Ditadura e Repressão aos Trabalhadores e ao Movimento Sindical da Comissão Nacional da Verdade
Quando: 22 de julho de 2013
Horário: 9h
Local: Sindicato Nacional dos Aposentados
Endereço: Rua do Carmo, 171 (metrô Sé, saída Poupatempo) – São Paulo/SP

Da redação, com informações da Comissão Nacional da Verdade

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