Ministro da Educação faz balanço da gestão e ressalta protocolos do Sisu
Nesta terça-feira (16), o ministro da Educação, Camilo Santana, fez um balanço da sua gestão e apresentou os planos do ministério para 2024. Entre as prioridades, Santana disse que o ministério está focado em combater o analfabetismo e a evasão escolar. Questionado sobre os problemas na divulgação dos resultados do SISU, o ministro admitiu que houve erros e que os servidores envolvidos foram afastados. Além disso, afirmou que o Plano Nacional de Educação será enviado ao Congresso até o final do mês de abril.
O ministro da Educação, Camilo Santana, fez um balanço da gestão e apresentou os planos da pasta para este ano durante uma audiência na Comissão de Educação. Ele também listou diversas ações voltadas desde a creche até a pós-graduação e elogiou as leis aprovadas pelo Parlamento que viabilizaram a Escola em Tempo Integral, o Pacto de obras nas escolas de educação básica, a atualização da Lei de Cotas e o programa Pé de Meia, que permite uma poupança para estudantes do Ensino Médio.
Entre as prioridades para 2024, Camilo Santana destacou a necessidade da aprovação da Nova Política Nacional de Ensino Médio e a criação de um Instituto para avaliar o ensino superior. Além disso, disse que combater o analfabetismo e a evasão escolar estão entre as prioridades da pasta: “Quais são as principais métricas que nós estamos colocando nesses quatro anos do nosso ministério? Primeiro, garantir e melhorar os indicadores de alfabetização, porque sem isso, todas as evidências já vêm mostrando. Quando uma criança não aprende a ler na idade certa, compromete toda a evolução escolar dos anos escolares no ensino básico. Depois, repito, evasão. Nós precisamos garantir, primeiro, acesso a todos, qualidade com alfabetização, mas manter esse jovem na escola, essa criança na escola”.
O senador Alessandro Vieira, do MDB de Sergipe, pediu explicações do ministro sobre os problemas no resultado do Sistema de Seleção Unificado, o Sisu. As notas foram divulgadas antes do previsto. Em resposta, Camilo Santana admitiu que houve erros e que os servidores envolvidos foram afastados. Além disso, foram adotados novos protocolos de segurança: “A decisão como ministro foi primeiro: nós afastamos algumas pessoas responsáveis por isso, abrimos uma investigação preliminar para identificar o motivo, restabelecemos novos protocolos de segurança para evitar que isso acontecesse, estamos verificando quais são os investimentos necessários que possam ser feitos em todo o sistema, procuramos corrigir para também não causar nenhuma injustiça em qualquer aluno que fosse prejudicado com o resultado do Sisu”.
A senadora Teresa Leitão, do PT de Pernambuco, pediu atualizações do ministro sobre as datas do Plano Nacional de Educação. O programa estabelece todas as metas educacionais do país para os próximos 10 anos: “E aí eu pergunto, nós vamos avançar nesse PNE? Qual é o período que está previsto para ele chegar, para poder a comissão também ir se posicionando? Qual é o status, qual é a perspectiva com a qual a gente pode contar?” O ministro prometeu que a proposta do PNE será enviada ao Congresso até o final do mês de abril. Ex-governador do Ceará, Camilo Santana é senador licenciado. Quem ocupa sua vaga atualmente é a senadora Janaína Farias, do Partido dos Trabalhadores.
Sob a supervisão de Marcela Diniz, da Rádio Senado, Luiz Felipe Liazibra