CMS contra a criminalização dos movimentos sociais
A recente onda de denuncismo que inunda o noticiário tem direção e sentido claros e bem pouco nobres: criminalizar os movimentos sociais e barrar o seu crescente protagonismo no enfrentamento à pauta dos derrotados nas últimas eleições. Uma agenda reacionária que a grande mídia tanto se empenha em retomar, calando as vozes amplamente majoritárias expressas nas urnas.
A partir da mais grosseira manipulação, os grandes meios de comunicação privados tentam confundir a opinião pública com “informações” que deformam, generalizando a condenação sumária, sem direito a qualquer questionamento, de movimentos sociais e ONGs, identificados como criminosos e assaltantes do patrimônio público.
A campanha desinformativa dirigida pelo conservadorismo mais atroz, se explicita em publicações e “personalidades” cujas concepções e práticas dispensam maiores comentários e tem endereço certo: atingir a idoneidade de entidades e movimentos populares que tentam descortinar novos horizontes, fortalecer o papel protagônico do Estado e obstaculizar avanços no processo democrático, a partir de ações que rompam com a camisa de força imposta pela herança neoliberal e privatista.
A asfixia econômica a projetos em andamento, convênios e parcerias que têm por objetivo ampliar a participação popular e levar mais longe a ação do Estado é um desserviço à população e um crime contra os interesses maiores do Brasil e de seu povo.
Se vivemos num ambiente democrático em nosso país, ele é resultado de ampla articulação e ação de entidades que contribuíram para a sua construção, e que não podem ser amordaçadas pelos interesses do capital e de seus agentes.
Coordenação dos Movimentos Sociais
10 de novembro de 2011
Fonte: CUT