Adilson Araújo: Um 1º de maio em defesa das garantias democráticas
“Não tenho dúvidas que Lula com um programa focado no desenvolvimento e valorização do trabalho seria um candidato imbatível”, avaliou Adilson Araújo, presidente da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB). Ele junto com os presidentes da Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Sindicatos Brasileiros e Nova Central repudiaram a prisão do ex-presidente, que aconteceu no sábado (7).
“(a prisão de Lula) É mais do que um capricho. É uma manobra maniqueísta que tem por objetivo tirar da cena política a principal liderança popular que o país construiu na sua história e que mesmo diante de tamanho ataque sórdido veio se confirmando como figura imbatível na disputa eleitoral. O resultado caminhava para a quinta vitória do povo brasileiro. As elites não poderiam deixar isso acontecer”, avaliou o dirigente.
De acordo com Adilson, as forças democráticas e populares precisam de uma plataforma comum para intensificar a resistência contra o golpe. Ele voltou a reafirmar que o golpe que tirou a presidenta Dilma foi do capital contra o trabalho.
1º de maio : Defesa das garantias e contra o neoliberalismo
”Nesse sentido as comemorações do primeiro de maio podem ser transformar em acontecimentos em contraposição à ofensiva neoliberal que com Michel Temer desregulamentou o mercado de trabalho, sonho da elite que apoiou o golpe. A prisão de Lula é uma etapa do golpe porque as gestões de Lula inauguraram um ciclo mudancista que melhorou a vida do trabalhador. Isso não agradou a casa grande”, enfatizou o sindicalista.
Ele chamou a atenção para a importância da participação das centrais neste cenário de resistência em defesa da democracia e das garantias constitucionais. Caminhar na direção contrária é penalizar mais ainda o trabalhador, que é a principal vítima do governo atualmente instalado no Brasil, afirmou Adilson.
“A agenda comum deve reunir as centrais, as frentes Povo Sem medo e Brasil Popular pela liberdade de Lula e em defesa do direito de ele ser candidato e também defender retomada do crescimento econômico, retomada dos investimentos públicos e privados, colocar no centro da debate a reindustrialização para tornar o país mais competitivo com geração de emprego e renda. Isso não acontecerá nos marcos de um governo ilegítimo”, ressaltou Adilson.
De acordo com o presidente da CTB, todos estão sob a mira do ambiente conservador e de estado de exceção que se configura no Brasil. “Prende, pune, condena na inobservância dos preceitos da Constituição. A CTB participa das duas frentes e esteve participando de todos os atos que eclodiram no país para defender Lula. Estar ao lado do ex-presidente é defender a democracia, a soberania e os direitos do nosso povo”, finalizou Adilson.