Após 69 dias, professores e servidores federais encerram greve
Docentes de universidades e institutos federais de educação aceitaram proposta do governo para reajuste e reestruturação de carreira. Segundo o Andes-SN, fim da greve deve se consolidar plenamente até 3 de julho.
Professores de universidades e institutos federais de educação chegaram a um acordo com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e encerraram a greve iniciada há dois meses. O termo de acordo foi fechado no nesse domingo (23) e será assinado na quarta (26).
Em assembleia neste domingo, o Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) informou que a maioria de suas instituições filiadas optou por acabar com a paralisação.
Foram 33 votos a favor do encerramento do movimento e 22 contrários.
Segundo o Andes-SN, o fim da greve se inicia nesta segunda (24), devendo se consolidar plenamente até 3 de julho.
“Reunido em Brasília neste fim de semana, o Comando Nacional de Greve informa que, finalizada a sistematização dos resultados deliberados nas assembleias da base nos estados entre os dias 17 e 21 de junho, a categoria docente definiu pela assinatura do termo de acordo apresentado pelo governo, a ser realizada em 26 de junho, bem como pela saída unificada da greve a partir de tal data, até 3 de julho”, informou, em nota, o Andes.
O governo Lula (PT) ofertou um reajuste em duas parcelas, a serem pagas nos próximos dois anos: 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em abril de 2026. A categoria reivindicava um aumento neste ano, mas não houve acerto neste ponto.
Na semana passada, o Ministério da Educação também apresentou medidas não remuneratórias, como a revogação de uma portaria do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro que amplia a carga horária dos docentes.
Mais cedo, professores e servidores técnico-administrativos da educação básica e técnica também aceitaram uma proposta do governo. Em plenária organizada pelo Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica, o placar foi de 89 votos a 15, além de seis abstenções, por acatar o plano da gestão Lula.
Por Lucas Toth
Do Vermelho