Barroso mantém índio golpista preso e PF põe outro fascista de Bolsonaro na cadeia
Na sexta (16), foi preso pela Polícia Federal na divisa do Piauí e Maranhão Antônio Jose Santos Saraiva, que ameaçou Alexandre de Moraes de morte e, neste sábado, Barroso negou HC para José Acácio Serere Xavante que promoveu atos violentos em Brasília
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Mais duas decisões tomadas nos últimos dias sinalizam endurecimento da Justiça e da Polícia Federal contra os fascistas que estão ameaçando a democracia e provocando arruaças por vários estados do Brasil.
Na sexta-feira (16) um homem identificado como Antônio Jose Santos Saraiva, conhecido como “Sarneyzinho do Maranhão”, foi preso pela Polícia Federal na divisa do Piauí e Maranhão. Ele usou as redes sociais para ameaçar executar o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes.
Neste sábado (17) o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou dois habeas corpus que pediam a liberdade para o indígena fake José Acácio Serere Xavante, preso pela PF. Financiado por ruralistas e envolvido com tráfico de drogas, o índio golpista participou de atos antidemocráticos e invasões em Brasília.
Os pedidos recusados foram apresentados por dois advogados aleatórios, que não são advogados constituídos pelo indígena. Em um dos pedidos, um dos advogados diz que o paciente é acusado de condutas que nada dizem respeito à disputa sobre direitos indígenas e, por isso, a matéria não comporta a competência sequer da justiça federal, menos ainda do STF.
Já o outro advogado afirma que há constrangimento ilegal e uma clara e patente violação à liberdade de livre manifestação. Para ele, as lesões e ameaças a esses direitos podem alcançar um amplo contingente de pessoas, como é o caso.
A rejeição do ministro se deu por razões processuais. De acordo com Barroso, os habeas corpus não têm as peças necessárias ao esclarecimento da controvérsia. “Além disso, o Supremo Tribunal Federal consolidou orientação no sentido do descabimento da impetração de habeas corpus contra ato de Ministro, Turma ou do Plenário do Tribunal”, disse.
Após a prisão do líder indígena, os manifestantes tentaram invadir o prédio da PF em Brasília, queimaram oito veículos e transportes públicos na capital. A Polícia Militar do Distrito Federal deslocou guarnições para controlar a situação com a aplicação das forças táticas e batalhão de choque.