Bolsonaro troca ministro do Desenvolvimento Regional
Gustavo Canuto é substituído por Rogério Marinho, que comandou a articulação da reforma da Previdência. Essa a quinta mudança no gabinete do presidente em pouco mais de um ano de governo.
O presidente Jair Bolsonaro decidiu nesta quinta-feira (06/02) trocar o ministro do Desenvolvimento Regional. Gustavo Canuto que comandava a pasta foi substituído por Rogério Marinho, que era secretário de Previdência e Trabalho e articulou a reforma no sistema de aposentadoria aprovada no ano passado.
Canuto, que é servidor de carreira do Ministério da Economia, teria pedido ao presidente para deixar o cargo. Segundo o jornal Folha de São Paulo, ele deve assumir a presidência da estatal Dataprev, que é vinculada à pasta comanda por Paulo Guedes.
Ainda de acordo com o jornal, o desempenho do Canuto era alvo de críticas de Bolsonaro, que não estaria satisfeito pela forma como estava sendo coordenado o programa Minha Casa, Minha Vida.
Já Marinho assumiu um papel de destaque ao coordenar a articulação política da reforma da Previdência. Filiado ao PSDB, o economista foi nomeado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, como secretário de Previdência e Trabalho. Entre 2007 e 2018, ele foi deputado federal por Rio Grande do Norte, porém, não conseguiu se reeleger na última eleição.
Canuto foi o quinto ministro trocado por Bolsonaro em pouco mais de um ano de governo. O primeiro a cair foi Gustavo Bebianno, da Secretaria-Geral da Presidência, em meio ao escândalo de candidaturas laranjas do PSL e a um confronto com o filho do presidente, Carlos Bolsonaro. Bebianno foi substituído por Floriano Peixoto, que também acabou perdendo o cargo e sendo substituído por Jorge Oliveira.
Depois de Bebianno, foi a vez de Ricardo Vélez Rodríguez perder o comando do Ministério da Educação e ser substituído por Abraham Weintraub. Já o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, que estava à frente da Secretaria de Governo, foi demitido após pressão do vereador Carlos Bolsonaro. Em seu lugar, entrou Luiz Eduardo Ramos.
CN/ots
Deutsche Welle
https://www.dw.com/pt-br/