Câmara aprova Reforma Trabalhista; resposta dos trabalhadores será nas ruas!

Um crime contra os trabalhadores foi cometido nesta quarta-feira (26) com a aprovação na Câmara do Deputados, por 296 votos a 177, do substitutivo do deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) para o projeto de lei da Reforma Trabalhista (PL 6787/16, do Poder Executivo). Mas a resposta mais contundente será dada na sexta-feira (28), nas ruas, com a grande Greve Geral que, além de parar escolas, universidades, indústrias, bancos e diversos serviços, também vai expor para a sociedade quem são os inimigos dos trabalhadores.

Veja aqui como votaram os deputados e quais traíram a classe trabalhadora

Segundo o substitutivo aprovado, que destrói a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o acordo coletivo prevalecerá sobre a lei e o sindicato não mais precisará auxiliar o trabalhador na rescisão trabalhista. Mais do que isso: a proposta não apenas desampara legalmente o trabalhador como acaba até mesmo com a própria negociação coletiva, já que permite que o patrão negocie diretamente com o funcionário, podendo, inclusive, rebaixar seu salário.

O acordo e a convenção prevalecerão sobre a lei em 15 pontos diferentes, como jornada de trabalho, banco de horas anual, intervalo de alimentação mínimo de meia hora, teletrabalho, regime de sobreaviso e trabalho intermitente. Poderão ser negociados ainda o enquadramento do grau de insalubridade e a prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia do Ministério do Trabalho. Todos os ataques promovidos foram apontados pela Contee no boletim informativo divulgado nesta semana.

Foto: Cleia Viana (Câmara dos Deputados)

Além da Greve Geral em protesto contra a destruição da CLT e outros ataques do governo e de sua base, como a Reforma da Previdência e a terceirização irrestrita, a articulação com o Senado também será de extrema importância neste momento. Na terça-feira (25), o coordenador-geral da Contee, Gilson Reis, e o coordenador da Secretaria de Assuntos Institucionais, Rodrigo de Paula, participaram de uma reunião de sindicalistas com os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL, líder do partido na Casa), Kátia Abreu (PMDB-TO) e Paulo Paim (PT-RS), para que o Senado recupere o diálogo político do Congresso com a sociedade e barre a Reforma Trabalhista.

Por Táscia Souza, com informações da Agência Câmara

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