Carvalho: Dilma valoriza o diálogo com o povo e o combate à corrupção

2º Encontro Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais, que teve inicio nesta terça (25) e vai até sexta-feira (28), em Brasília, o ministro da secretaria-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, destacou a disposição da presidenta Dilma Rousseff de valorizar o diálogo com o povo, de dar prioridade aos pobres e de combater a corrupção.

Marcelo Camargo/Agência Brasil

“Essa mulher [Dilma] tem duas coisas que são fundamentais: o rigor ético com que ela se comporta contra qualquer forma de corrupção e desvio e o amor que ela tem aos pobres. Saibam vocês que a Dilma botou no orçamento federal mais que o Lula tinha colocado para os pobres, para os excluídos. E ela vai continuar a fazer isso, não tenham receio”, disse Gilberto.

Durante o discurso, o ministro também afirmou que os movimentos sociais devem cobrar o governo. Para ele, os movimentos sociais deixaram a “invisibilidade” e passaram a se manifestar e a ser ouvidos pelo governo nos últimos anos. O ministro destacou ainda que o poder público demonstra reconhecimento da importância dos movimentos ao propor diálogo e consulta a setores da sociedade.

Descentralização de direitos

“Se nós ficamos durante muito tempo na exclusão, é porque nesse país, desde os portugueses que aportaram aqui e começaram a tirar as terras dos indígenas, o país foi governado por um tipo de gente de elite que montou um Estado e um tipo de funcionamento de governo feito para multiplicar a riqueza de poucos”, afirmou.

O ministro complementou: “E aqui havia uma lógica que pasteurizava uma cultura que impunha uma restrição de direitos e a concentração de direitos só de um lado. Aquele metalúrgico de nove dedos [Lula] com ensino fundamental incompleto fez com que um representante da luta das pessoas começasse a quebrar essa lógica”.

Gilberto Carvalho destacou ainda que, antigamente, bilhões de reais ficavam depositados só para pagar a dívida, mas, quando vieram os governos Lula e Dilma, esse dinheiro começou a ser usado para distribuir renda. “É isso que as elites não engolem”, disse. “O dinheiro era destinado só aos grandes e agora começou a voltar para os pobres. É por essa lógica que as elites têm tanto ódio. Esse ódio que apareceu na eleição e que a imprensa traduziu de forma tão terrível”, reforçou.

Carvalho disse que Dilma tem “coração valente” e, por isso, enfrentou as elites. Ele avaliou que, nestas eleições, o povo “teve juízo” e votou nela. Apesar de ter sido apertado, mas “o povo teve juízo”, repetiu.

Apesar da ausência no Encontro, a presidenta Dilma mandou quatro representantes do governo ao evento. Além do ministro Gilberto Carvalho, compareceram o ministro Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto; do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello; e do Meio Ambiente, Isabella Teixeira.

No seu discurso, Gilberto Carvalho também fez referência aos colegas. “Aqueles ministros são uma gente heroica que faz a máquina funcionar”, disse apontando para os outros três presentes. Carvalho falou aos participantes que o povo não deve elogiar os ministros e, sim, criticá-los, “para que sirvam melhor à população”. Falou ainda que independente de quem assumir os ministérios quem vai “mandar” será a presidenta Dilma.

Do Portal Vermelho

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