Chega ao Tribunal de Haia nesta segunda denúncia dos povos indígenas contra Bolsonaro, por genocídio

247 – O genocídio de Jair Bolsonaro chega nesta segunda-feira 9 ao Tribunal Penal Internacional, em Haia, na Holanda. “Diante da morte de 1.162 indígenas de 163 povos durante a pandemia de Covid-19, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) vai apresentar hoje uma denúncia contra o presidente Jair Bolsonaro no Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia. O Brasil tem cerca de 850 mil índios espalhados por mais de 300 povos originários.

“O documento, de 148 páginas acusam o presidente de genocídio e também de uma série de ações e as missões na gestão do meio ambiente. O texto sustenta que o desmantelamento das estruturas públicas de proteção socioambiental desencadeou invasões a terras indígenas, desmatamento e incêndios na bioma”, aponta reportagem de Daniel Biasetto, publicado no jornal O Globo.”

A entidade vai pedir ainda à Corte que enquadre Bolsonaro por ecocídio, nova tipificação de crime contra a humanidade, sobretudo contra o planeta e o meio ambiente. Nas páginas da denúncia, é feito um balanço de todas as vezes que, de acordo com a Apib, o presidente atentou ou causou danos diretos aos índios por decisões políticas e articulações para o congresso” prossegue o jornalista.

Como lideranças reuniam depoimentos e exemplos de incentivos explícitos do governo federal a invasões, ataques, garimpo e mineração em terras indígenas. Após a apresentação da denúncia, o trâmite do processo se dá na Procuradoria do tribunal internacional, que vai analisar se abre ou não investigação contra Bolsonaro. Segundo o Estatuto de Roma, tratado que estabeleceu a criação do Tribunal Penal Internacional, os condenados por acusações semelhantes podem sofrer medidas e prisões preventivas.

“São fatos e depoimentos que comprovam o planejamento e a execução de uma política anti-indígena explícita, sistemática e intencional pelo presidente Jair Bolsonaro, desde o 1º de janeiro de 2019, primeiro dia de seu mandato presidencial”, diz o documento dos povos originários.

Brasil 247

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