China habilita 183 novas empresas brasileiras de café
Enquanto os EUA pretendem tarifar em 50% o café nacional, China abre espaço para o aumento das importações dos grãos brasileiros
A Embaixada da China no Brasil anunciou a habilitação de 183 novas empresas brasileiras de café. Agora essas companhias estão aptas a exportar para o mercado chinês pelos próximos cinco anos. O anúncio foi feito no sábado (2).
De acordo com a publicação, a medida passou a vigorar em 30 de julho, o mesmo dia em que Trump assinou o decreto do “tarifaço” contra as exportações brasileiras. Uma longa lista de produtos foi isenta da sobretaxa de 40%, que vai elevar as tarifas a 50%. Porém, o café não foi um desses produtos, o que chama a atenção, uma vez que os EUA não têm produção relevante do grão.
Assim, Trump prejudica o próprio país ao elevar o preço do café brasileiro no mercado interno, que até então representa um terço do mercado norte-americano, avaliado em US$ 4,4 bilhões em doze meses. Os importadores dos EUA estão extremamente preocupados com os 50% de tarifa que começa a valer em 6 de agosto, uma vez que não há reposição imediata para substituir a produção do Brasil e repassar o valor aos consumidores inviabiliza o comércio.
Do ponto de vista dos produtores brasileiros, há também preocupação e a expectativa de uma negociação específica que reduza a taxa sobre o café.
No entanto, esta ampliação de acesso ao mercado chinês surge como uma oportunidade a ser explorada como forma de mitigar os efeitos das tarifas de Trump no curto prazo e até mesmo aumentar o volume exportado a longo prazo, chegando próximo ao que é enviado aos EUA nas próximas décadas.
No comunicado da Embaixada do gigante asiático é colocado: “A China aprovou a habilitação de 183 novas empresas brasileiras de café para exportação ao mercado chinês. A medida entra em vigor em 30 de julho de 2025 e tem validade de 5 anos.”




