Com Bolsonaro, Brasil despenca em ranking de combate à corrupção
Relatório internacional aponta queda pelo terceiro ano seguido do Brasil, da 6ª posição para a 10ª posição
O Índice de Capacidade de Combate à Corrupção (CCC), produzido desde 2019 pela Americas Society/Council of the Americas (AS/COA), em parceria com a consultoria Control Risks, destaca que o país vem caindo, em um ranking de 15 países da América Latina, pelo terceiro ano seguido, no quesito combate à corrupção. O relatório, antecipado pelo jornal Valor, aponta que o Brasil caiu da 6ª posição para a 10ª, o que corresponde a seis pontos percentuais. Desde a criação do ranking, o país acumula queda de 22%.
Os 15 países, somados, representam cerca de 92% do PIB da região. O CCC mede a capacidade dos governos desses países em prevenir, identificar e punir casos de corrupção. O ranking é liderado pelo Uruguai, seguido por Costa Rica, Chile, Peru, República Dominicana, Argentina, Panamá, Colômbia, Equador, Brasil, Paraguai, México, Guatemala, Bolívia e Venezuela.
O relatório destaca as manobras de Bolsonaro que dificultaram investigações de casos de corrupção em seu governo. “Bolsonaro procurou consolidar o controle sobre os órgãos que investigam supostos casos de corrupção envolvendo seus aliados”, destaca o documento das entidades. Não à toa, o índice que mede a independência e a eficiência das agências anticorrupção caiu quase 19%, segundo o estudo.