Conferência Nacional Popular de Educação começa nesta quinta-feira (24)
Começa nesta quinta-feira (24), em Belo Horizonte, a primeira Conferência Nacional Popular de Educação (Conape), um espaço de reflexão e discussão de processos pedagógicos e de investimentos, bem como de enfrentamento ao golpe que afeta as políticas educacionais. Como uma das entidades idealizadoras da Conferência, juntamente com todas as organizações que, em junho do ano passado, romperam com o Fórum Nacional de Educação (FNE) tomado pelos golpistas e instituíram o Fórum Nacional Popular de Educação (FNPE), a Contee realizará três atividades no âmbito da Conape, no próximo dia 25, no auditório do Foyer Nível III no Expominas, na capital mineira.
A primeira, às 9h, é a apresentação da campanha nacional “Apagar o professor é apagar o futuro”, contra a desprofissionalização do magistério, acirrada, entre outros fatores, pela reforma trabalhista, pela terceirização irrestrita, pela reforma do ensino médio, pelo rebaixamento da formação e pela perseguição orquestrada pelo movimento Escola Sem Partido e suas tentativas de aprovar Leis da Mordaça em todo o país. A segunda, às 10h, é o debate sobre o avanço da financeirização da educação e a privatização do sistema público de educação, que será promovido pela Confederação em parceria com a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes). Já a terceira, às 11h40, é o lançamento do livro “Viadinho na escola”, de Robson Rodrigo Pereira da Fonseca.
Nas palavras do manifesto da Conape, este é um “instrumento de resistência em defesa dos avanços e dos espaços de interlocução conquistados após décadas de muita luta e que agora estão sendo destruídos e/ou usurpados pelo atual golpe político, ao qual não interessa o fortalecimento de uma educação pública, laica, democrática, inclusiva, crítica e de qualidade socialmente referenciada.” No documento de convocação da Conferência, as entidades também afirmaram que “não participar do Fórum Nacional de Educação, após tanto esforço para construí-lo e estabelece-lo, não foi fácil”, mas que “é inaceitável que a sociedade civil tolere intervenções unilaterais e autoritárias em espaços e processos participativos de construção, monitoramento e avaliação de políticas educacionais, sob pena do enfraquecimento irreversível da democracia brasileira, já maculada pelos acontecimentos recentes. Ademais, profissionais da educação, estudantes, familiares e ativistas não podem se submeter a mais um flagrante desrespeito à comunidade educacional, o que é notadamente frequente em nosso país.”
A Conape, portanto, é uma grande resposta em defesa da educação e da democracia.
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Por Táscia Souza