Consind aprova as lutas: “Agora nos encontraremos nas praças e ruas”, diz Gilson

Terminou no dia 1º de outubro o XIX Conselho Sindical (Consind) da Contee, com a participação de 300 delegados representando 63 sindicatos, sete federações e a própria Confederação. Foram aprovados um plano de lutas para o próximo período e moções sobre temas da atualidade.

A mesa da plenária final foi comandada pela coordenadora da Secretaria-Geral, Madalena Guasco, o coordenador da Secretaria de Finanças, José de Ribamar Virgolino Barroso, e o coordenador-geral da Contee, Gilson Reis. “Debatemos, discutimos, apontamos rumos. O desafio é por em prática, conversar com as bases em nossas entidades e colocar em movimento essas deliberações, para reverter o quadro desfavorável que estamos vivendo. Agora vamos nos encontrar nas ruas e praças deste país, na luta em conjunto com o povo brasileiro”, afirmou Gilson, ao encerrar o Consind.

Logo no início do último dia dos trabalhos, Gisele Vargas, coordenadora da Secretaria de Defesa de Direitos de Gênero e LBGTT, informou sobre a realização, no Sinpro-PA e na FeteeSul, de encontros de mulheres “onde aprovamos propostas para as companheiras fomentarem esses encontros nos estados, porque pretendemos realizar um encontro nacional no ano que vem. Precisamos de unidade para melhor resistir às investidas machistas e homofóbicas”.

Em seguida, Gilson lembrou que a Executiva da Contee, quando decidiu o processo do Consind, pensou em três etapas. “A primeira, o próprio Consind, para aprofundar a reflexão sobre conjuntura, mundo do trabalho, batalha jurídica, situação da educação. A segunda vai ocorrer no fim do mês de novembro, quando vamos realizar uma reunião nacional de três dias, e diz respeito às campanhas salariais ou reivindicatórias. Vamos traçar um plano nacional e uma proposta unificada. E a terceira etapa é a proposta de realizar uma reunião ampliada da Executiva Plena, em fevereiro. Queremos debater as questões de financiamento, estrutura, organização. Saímos daqui compreendendo o que está colocado para nós nesse período e, conhecendo os problemas, temos muito mais condições de enfrentá-los”.

Ao submeter ao plenário o plano de lutas, aprovado por unanimidade, Madalena lembrou que “o Consind é uma atualização das grandes bandeiras de luta da Contee, já afirmadas no nosso congresso”. O plano, que em breve será disponibilizado no portal da Contee, envolve ações nacionais, internacionais, campanhas e comunicação, organização sindical, questões jurídicas e educação.

O coordenador-geral enfatizou quatro propostas: a realização de um Dia Nacional de Lutas e Manifestações, em 10 de novembro, véspera da vigência da contrarreforma trabalhista: “Estamos construindo um campo de unidade com as centrais sindicais. Essa é uma prioridade da Contee, mas só será efetivada se houver engajamento das entidades”. A campanha contra a desprofissionalização “Apagar o professor é apagar o futuro”, já disponível no portal da Contee: “agora é necessário que os sindicatos ajudem a divulgar”. A campanha da CUT pela revogação da reforma trabalhista, “que estamos incorporando, uma batalha política que vamos travar”. E a realização da Conferência Nacional Popular de Educação (Conape), que “tem que ser uma ampla mobilização política nos municípios, nos estados e nacional em defesa da educação brasileira”.

Foram aprovadas moções de solidariedade e integral apoio ao povo sem medo de São Bernardo(SP), que ocupa terreno que se estava abandonado há 40 anos sem cumprir sua função social, ação coordenada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) (MTST); de repúdio à violência e solidariedade às vítimas da invasão da sede do PT de Florianópolis (SC), dia 29; e de afirmação dos direitos do(a)s trabalhadore(a)s com deficiência.

Carlos Pompe, com colaboração de Táscia Souza

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