Contee na luta contra a Aids e no combate à discriminação
Ontem, dia 1º de dezembro, foi o Dia Mundial de Luta contra a Aids. Enquanto entidade representativa dos trabalhadores em educação do setor privado, a Contee defende políticas públicas em ambas a vertentes: ações de prevenção, diagnóstico precoce e apoio aos trabalhadores, através da Secretaria da Saúde do Trabalhador, e também ações educativas, para que o esclarecimento seja o principal aliado no combate à disseminação do HIV e também na batalha contra a discriminação.
O Ministério da Saúde divulgou ontem o novo boletim sobre a Aids no Brasil. Em cerimônia no Rio de Janeiro, o ministro Alexandre Padilha afirmou que, no país, são estimados 718 mil portadores de HIV, dos quais cerca de 150 mil ainda não sabem de sua condição. Isso significa que há por aqui, segundo ele, pessoas suficientes para lotar três estádios de futebol do tamanho do Maracanã e que estão perdendo a chance de tratamento, de melhor qualidade de vida e de não transmitir o vírus a outras pessoas.
O ministro ressaltou a importância da realização de exames clínicos para diagnóstico precoce da doença e anunciou três novas medidas, inseridas no novo Protocolo Clínico de Tratamento de Adultos com HIV e Aids: possibilidade de tratamento logo após o diagnóstico de HIV, mesmo que o paciente não tenha imunidade baixa; um projeto para oferecer às pessoas vulneráveis ao vírus – como profissionais de Saúde – a oportunidade de se medicar preventivamente, como forma de evitar contágio; e a experiência do modelo “3 em 1” em relação ao coquetel para a Aids (três comprimidos em uma cápsula).
Aliado ao avanço na prevenção e no tratamento, é preciso também vencer o preconceito. Justamente por isso é que o Dia Mundial de Luta contra a Aids foi instituído pela Assembleia Mundial de Saúde em 1987, com apoio da ONU: para ser uma data de reflexão sobre medidas preventivas, tratamento e discriminação, tanto na sociedade quanto no ambiente de trabalho. Tanto que, em 2010, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) lançou a “Recomendação sobre o HIV e a Aids e o mundo do trabalho”, que aponta a importância do local de trabalho quanto à informação para prevenção e tratamento; o direito de não revelar sua situação sorológica, assim como a não obrigação de realizar exames de HIV, seja para admissão ou manutenção no emprego; e a impossibilidade de demissão motivada por HIV e Aids, seja esta contaminação real ou presumida.
Da redação