Contee e sindicatos filiados esclarecem situação da recuperação judicial da Rede Metodista de Educação
Entidades alertam que números divulgados pela AIM não refletem a realidade enfrentada por credores, professores e funcionários
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), junto com os Sinpros de Campinas e Região, ABC, Minas, Juiz de Fora e Rio de Janeiro, divulgou nota aos professores, funcionários e credores da Rede Metodista de Educação (RME) sobre o andamento da recuperação judicial da instituição.
A nota esclarece que, ao contrário da reportagem publicada no jornal da Associação Nacional da Igreja Metodista (AIM), intitulada “Metodista avança na recuperação judicial e celebra conquistas em 2025”, a situação da RME não reflete um cenário positivo. Diversos colégios e instituições foram encerrados nos últimos anos, incluindo o Instituto Educacional Metodista de Passo Fundo, a Faculdade Metodista de Santa Maria e o Centro Universitário Metodista IPA, entre outros.
O documento destaca ainda que o número de empregos caiu de 2.854 em abril de 2021 para 788 em agosto de 2025, representando uma redução de mais de 70%, apesar do compromisso assumido no plano de recuperação judicial de manter pelo menos 2.300 postos de trabalho.
Os sindicatos também alertam que, desde o início da recuperação judicial, o passivo concursal consolidado vem crescendo, atingindo R$ 715 milhões em agosto de 2025, e que apenas 26,32% das obrigações previstas no plano foram cumpridas até o momento. Prejuízos financeiros acumulados e pendências trabalhistas permanecem altos, incluindo pagamentos de FGTS.
“A AIM tenta apresentar uma realidade diferente da vivida por credores, professores e funcionários. Nosso dever é repor a verdade dos fatos e garantir que todos tenham ciência da real situação da Rede Metodista de Educação”, afirmam a Contee e as entidades sindicais signatárias: Sinpro Campinas e Região, Sinpro ABC, Sinpro Minas, Sinpro-JF e Sinpro-Rio.
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Da Redação Contee




