Contee se reúne com federações para tratar de EaD

Encontro presencial deve ser realizado em São Paulo para debater propostas para regulamentação mínima em nível nacional

José Geraldo de Santana Oliveira, Consultor Jurídico da Contee, Gilson Reis, Coordenador-Geral da Contee e Railton Nascimento, da Fitrae-BC. Reprodução/Zoom

A Contee realizou na última segunda-feira (6) uma reunião com dirigentes de federações filiadas à Confederação. O propósito foi delinear propostas para estabelecer um protocolo de intenções para regulamentação mínima da educação a distância (EaD).

No mês passado, a Contee solicitou a mediação do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) para contrato coletivo nacional a respeito da EaD. A solicitação da Contee é que a Secretaria de Relações de Trabalho do MTE a chame oficialmente, juntamente com a Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (Confenen), para essa negociação.

Participaram da reunião de ontem os dirigentes Celso Napolitano (Fepesp), Éder Schuinsekel (FeteeSul), Railton Nascimento (Fitrae-BC), Rogerlan Morais (Fesaaemg) e Wallace Melo (Fitraene), além do consultor jurídico da Contee, José Geraldo de Santana Oliveira. Feteerj e Fetraeep não puderam participar.

Celso Napolitano (Fepesp), Éder Schuinsekel (FeteeSul), Rogerlan Morais (Fesaaemg) e Wallace Melo (Fitraene). Reprodução/Zoom

O coordenador-geral da Contee, Gilson Reis, relatou aos companheiros o andamento das conversas preliminares com o ministério, a partir de reunião com o ministro Luiz Marinho, e com a própria Confenen. “Tivemos a oportunidade de sentar com o ministro do Trabalho e abrir conversa sobre o contrato coletivo nacional”, declarou Gilson.

O diretor da Contee apresentou ainda a proposta de realização de um seminário presencial, em São Paulo, com os representantes das federações, para tratar desse tema. Segundo ele, a Contee solicitou estudo sobre as relações de trabalho em EaD em todo o Brasil, incluindo número de horas-aula, onde se concentram os postos de trabalho etc., a partir de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do próprio MTE.

“A partir desses estudos e também de levantamento feito pelo Santana, além de proposta que nos será apresentada pela Confenen, será pertinente realizarmos esse encontro nacional de um dia, para nos debruçar sobre essas documentos e organizar esse conjunto de ideias”, propôs Gilson.

Os participantes citaram os problemas enfrentados, como o “ensalamento” — que é resultado da falta de limites para o número de alunos e alunas em salas virtuais —, a necessidade de regramento para créditos a distância em cursos presenciais, a contratação de professores como tutores, o que representa desprofissionalização da atividade docente e rebaixamento de direitos trabalhistas.

O consultor jurídico da Contee, Geraldo Santana, considerou que “nunca estivemos num momento tão propício para discutirmos essa questão”. “Trago minha expectativa de que vamos conseguir o mínimo de regulamentação para a EaD”.

Táscia Souza

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