Correios, o que é essencial para o povo não se vende!

O Dia do Carteiro, neste 25 de janeiro, está marcado pela defesa da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), ou simplesmente Correios. Os sindicatos e federações de seus trabalhadores defendem os Correios públicos, contra a privatização. Denunciam o desmonte que o Governo Bolsonaro quer fazer contra uma empresa que, bem gerida, traz lucros e serve bem à população. A Contee se soma a essa luta em defesa do patrimônio nacional.

Em 2021, a ECT teve lucro de R$ 3 bilhões. Ela chega ao Brasil inteiro, mas, se for privatizada, milhares de pequenas cidades serão prejudicadas com o apagão postal que certamente virá, porque o setor privado não vai manter serviços onde não der lucro. Com isso, além da população, os pequenos negócios serão prejudicados, pois precisam de um serviço de qualidade, seguro e barato para viabilizar suas atividades, e isso só o Correio estatal pode oferecer.

A luta dos trabalhadores em defesa da ECT conseguiu suspender, no ano passado, a votação do Projeto de Lei (PL) 591, de Bolsonaro, que privatiza o setor. O PL continua pautado na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado e as entidades sindicais e populares persistem na conscientização da população e dos parlamentares e na pressão no Congresso Nacional para impedir sua aprovação.

Posicionamento da Contee

A Contee manifestou, em setembro de 2020, seu apoio aos trabalhadores e trabalhadoras da ECT, em greve na época e que estavam sendo ameaçados pelo Governo Bolsonaro. Registrou, à época, em palavras válidas no presente: “Os trabalhadores e trabalhadoras do setor privado de ensino têm sentido na pele o desrespeito, os ataques aos direitos trabalhistas e a sanha privatista que se aproveita deste momento de crise sanitária, econômica e social para fazer valerem seus interesses. Por isso, nos solidarizamos com os trabalhadores e trabalhadoras da ECT e manifestamos que estamos ao seu lado nesta luta”.

Dia do Carteiro

O Dia do Carteiro é celebrado nesta data porque no dia 25 de janeiro de 1663 foi criado o cargo de Correio-mor da Monarquia Portuguesa no Brasil, que tinha a incumbência de cuidar da troca de correspondências entre as colônias e a Corte portuguesa.

Foi um “carteiro”, Paulo Bregaro, que entregou as correspondências que levaram D. Pedro a proclamar a Independência do Brasil, em 7 de setembro de 1822. Bregaro, por esse motivo, tornou-se o patrono do Correios. O serviço regular de entregas de cartas e mercadorias foi estabelecido em 1835.

Campanha nacional

As entidades dos trabalhadores da ECT estão desenvolvendo a campanha nacional “Correios, o que é essencial para o povo não se vende!” em defesa da empresa que é essencial para garantir o direito da população à comunicação postal num país continental como o Brasil. Trata-se da maior estatal do país, na qual atuam mais de 90 mil trabalhadores e trabalhadoras.

Visita a página da campanha https://correiosessencialparaopovo.com.br/

Carlos Pompe

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