Crianças palestinas são as maiores vítimas de Israel
O artigo abaixo foi publicado no site Pragmatismo Político e mostra como as crianças palestinas são as maiores vítimas dos ataques de Israel a Faixa de Gaza. Na última sexta-feira (31), um bebê palestino de um ano e meio morreu queimado em um incêndio causado por colonos israelenses dentro de uma casa na Cisjordânia. Os pais da criança — Ali Saad Dawabsha — e um de seus irmãos, de quatro anos, ficaram feridos e foram encaminhados para hospitais. Algumas das vítimas sofrem queimaduras em mais de 70% do corpo e estão em estado grave (leia aqui).
Diante dessa realidade tão perversa, a Contee repudia mais uma vez os ataques israelenses ao povo palestino e reafirma sua defesa da paz e da autodeterminação dos povos, a fim de que as crianças não sejam mais vítimas nem sejam obrigadas a crescer num ambiente de terror.
Fósforo branco: crianças palestinas são queimadas vivas por Israel em Gaza
As crianças são as maiores vitimas do ataque com bombas de fósforo branco, na faixa de Gaza. O fósforo branco é usado regularmente para a fabricação de fogos de artifício e bombas de fumaça para camuflar movimentos de tropas, em operações militares. A sua utilização como componente de armas químicas é proibida pelas Convenções de Genebra e especialmente pela Convenção sobre Armas Químicas, reafirmando os termos do Protocolo de Genebra de 1925, que proíbe o uso de armas químicas e biológicas.
Bombas, munição de artilharia e morteiros, quando contêm fósforo, explodem em flocos inflamáveis, mediante impacto. São artefatos incendiários e causam queimaduras terríveis, podendo mesmo ser letais. É legal o uso de fósforo branco como componente de foguetes de iluminação e bombas de fumaça, e a Convenção sobre Armas Químicas (CWC) não o inclui na lista de armas químicas. O fósforo foi usado pelos exércitos desde a Primeira Guerra Mundial. Durante a Segunda Guerra, na Guerra do Vietnam e recentemente por Israel na Operação Chumbo Fundido . Os Estados Unidos e a Grã-Bretanha também já utilizaram munições com fósforo.
Nas últimas décadas, porém, a tendência é o banimento do seu uso, contra qualquer alvo, civil ou militar, em razão dos severos danos causados pela substância e os especialistas acreditam que o fósforo deveria ser mesmo incluído entre as armas químicas, pois queima e ataca o sistema respiratório. Uma exposição prolongada, sob qualquer forma, pode ser fatal.
Segundo a GlobalSecurity.org, citada pelo The Guardian, “Fósforo branco resulta em lesões dolorosas por queimadura química”. Partículas incandescentes de fósforo branco, resultantes da explosão inicial de uma bomba de fósforo, podem produzir extensas, dolorosas e profundas queimaduras (de segundo e terceiro graus). Queimaduras por fósforo carregam um maior risco de mortalidade do que outras formas de queimaduras devido à absorção de fósforo pelo organismo, através da área queimada, resultando em danos ao fígado, coração, rins e, em alguns casos, falência múltipla de órgãos.
Além disso, essas armas são particularmente insidiosas porque o fósforo branco continua a queimar, a não ser em ambiente privado de oxigênio, até que seja completamente consumido, de forma que as pessoas atingidas, ainda que mergulhem na água, continuarão a queimar ao emergirem para respirar.
Durante a incursão israelita na Faixa de Gaza em dez 2008 a jan 2009, grupos humanitários estimam que cerca de 1.000 crianças foram feridas e 300 foram mortas.
A realidade das crianças palestinas de hoje está em ver seus pais e seus irmãos sendo mortos, suas casas sendo derrubadas, suas escolas bombardeadas.
Para piorar, Israel impõe um bloqueio econômico sobre a nação, gerando mais desespero e miséria para os palestinos.
Diante desse cenário absurdo, muitas crianças deixam de fazer o que faz a maioria das crianças: sonhar.
Helder Leite e Doc Verdade