CTB na luta pela revogação do Novo Ensino Médio

Dirigentes e entidades da Educação Pública ligados à Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), participaram da aprovação do documento “Orientações da CNTE sobre a consulta pública do novo ensino médio (NEM). Pela revogação da lei 13.415/2017”, instrumento pelo qual o movimento educacional e sindical brasileiro interferirá nos rumos da consulta instituída a fim de formar um entendimento acerca do tema.

Trata-se de um guia explicativo e orientativo, composto por sugestões de respostas padrões, que visa esclarecer, conscientizar e mobilizar os segmentos organizados da comunidade escolar, trabalhadores e trabalhadoras em educação, estudantes, pais e responsáveis. Às 11 questões formuladas pelo MEC receberam redação crítica e de rejeição após elaborado estudo e discussão.

“Até o dia 18 de maio, somente 2 mil pessoas, em todo o Brasil, haviam respondido à Consulta. Nós temos capilaridade e força para convidar a população a participar da pesquisa e alterarmos a lei. Peço o empenho de todas as entidades filiadas nesta mobilização”. – disse o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo

A dirigente sindical Berenice Darc Jacinto, da CTB, CNTE e SINPRO-DF, ratificou a iniciativa e colocou na ordem do dia o máximo empenho e engajamento dos cetebistas quanto à pauta da revogação do Novo Ensino Médio. “A CTB está comprometida com a luta pela reconstrução nacional e por um novo projeto nacional e educacional de desenvolvimento. Pôr abaixo esse entulho pedagógico antidemocrático que é a lei 13415 faz parte da tarefa pelo êxito do Governo Lula e avanço na pauta da classe trabalhadora”, frisou Berenice.

O secretário de Política Sindical, Alessandro Carvalho, falou sobre a importância do engajamento da comunidade escolar nessa luta. “É fundamental que a comunidade escolar, em todo o país, demonstre sua insatisfação com o NEM na consulta pública realizada pelo MEC. Neste sentido, cabe a todas as instituições que lutam na defesa de uma educação pública mais humana, emancipadora e valorizada, divulgar as orientações da CNTE e mobilizar suas bases para derrotarmos esse modelo vexatório de ensino e propormos uma alternativa que amplie as fontes de financiamento da escola pública, garantindo dignidade para quem nela trabalha e qualidade para quem dela necessita”, destacou Alessandro.

A professora Francisca Seixas, da APEOESP e também diretora da CNTE, observou o retrocesso que o NEM traz “ O Novo Ensino Médio já nasceu velho por representar um enorme retrocesso nas importantes conquistas que obtivemos durante os governos Lula e Dilma. Através de projetos elaborados pelo Ministério da Educação (MEC) por meio de amplas discussões com o movimento educacional e com a sociedade. O NEM nasceu do interesse do setor privado da educação de maneira autoritária, sem ouvir educadoras e educadores, estudantes, menos ainda a comunidade escolar, ele retrocede há décadas e visa tornar as filhas e filhos da classe trabalhadora em mão de obra barata para o mercado de trabalho, sem qualificação profissional, sem preparação para a vida, castrando os sonhos das crianças e jovens da classe trabalhadora em ter uma vida mais digna”, finalizou Francisca.

A mobilização ampla, nacional e unitária tem sido a tônica da luta pela revogação e por um novo marco legal, regulatório e orientativo para a etapa final da Educação Básica. Nas redes, ruas, audiências e outros espaços e formas de luta cresce a adesão e a exigência dos movimentos para que se tenha uma outra regulamentação do Ensino Médio, combinando a formação humanista, crítica e cidadã com a preparação para o mundo da ciência, tecnologia, arte, cultura, trabalho e produção.

Informações: Alex Saratt

“Orientações da CNTE sobre a consulta pública do novo ensino médio (NEM). Pela revogação da lei 13.415/2017”

CTB

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